Compartilhar
Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1149 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1149 (outubro 2024)
Acesso de texto completo
PERFIL HEMATOLÓGICO DE PACIENTES PORTADORES DE HIV: UMA POPULAÇÃO EM RISCO
Visitas
296
LO Morais, RFP Filho
Universidade de Fortaleza (UNIFOR), Fortaleza, CE, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

Mais dados
Objetivos

O objetivo deste estudo é, por meio de uma revisão de literatura, analisar e discutir as principais alterações hematológicas observadas em pacientes portadores de HIV. Serão destacadas tanto as alterações clínicas quanto a necessidade de um monitoramento regular e mais rigoroso desse grupo, dada a sua vulnerabilidade a complicações.

Métodos

Esta revisão literária foi realizada com base na análise de artigos publicados entre os anos de 2017 e 2021, todos redigidos na língua inglesa, e obtidos a partir da base de dados PubMed. Para a busca, foram utilizadas as palavras-chave “Anemia”, “HIV” e “Hematological”.

Resultados

A infecção pelo HIV compromete significativamente o sistema imunológico, deixando os portadores suscetíveis a infecções oportunistas e a diversas alterações laboratoriais. As principais anormalidades hematológicas observadas em pacientes HIV-positivos incluem anemia, citopenia e trombocitopenia. Estima-se que cerca de 50% dos pacientes em estágios avançados da infecção apresentem níveis de hemoglobina baixos, que estão frequentemente associados à resposta inflamatória e à toxicidade dos antirretrovirais utilizados no tratamento. Além disso, o HIV é considerado uma condição pró-trombótica, aumentando o risco de tromboembolismo venoso (TEV) e levando a desequilíbrios nos fatores de coagulação. Por isso, a vigilância para TEV e citopenias em pacientes HIV-positivos torna-se crucial.

Discussão

Nos pacientes portadores de HIV, a contagem de linfócitos TCD4+ emerge como um indicador vital da resposta imunológica. A redução na contagem desses linfócitos está diretamente relacionada com alterações hematológicas, como anemia, leucopenia e trombocitopenia, que contribuem para o surgimento de doenças oportunistas e complicações. Portanto, é imperativo aumentar a monitorização periódica do perfil hematológico em clínicas que atendem pacientes HIV+, o que pode ajudar na redução de complicações hematológicas e facilitar um tratamento mais precoce e direcionado. Além disso, a avaliação regular dos parâmetros hematológicos é fundamental para a adequação das terapias antirretrovirais. Fatores socioeconômicos e demográficos, como nível educacional e qualidade de vida, também influenciam a gravidade das alterações hematológicas em pacientes HIV positivos, comprometendo a eficácia do tratamento. Portanto, é necessária uma abordagem que considere aspectos clínicos e sociais a fim de otimizar o cuidado e promover a saúde desses pacientes.

Conclusão

As anomalias hematológicas associadas ao HIV são frequentes e têm um impacto significativo na saúde dos pacientes, prejudicando a resposta ao tratamento. Fatores como deficiências hematínicas, efeitos adversos dos medicamentos e infiltração da medula óssea devem ser cuidadosamente considerados na avaliação clínica. A terapia antirretroviral (HAART) é crucial, mas o manejo clínico deve ser adaptado às complicações específicas apresentadas por cada paciente. É vital que futuras pesquisas se concentrem em estratégias que visem mitigar essas complicações e melhorar os desfechos clínicos em populações vulneráveis, promovendo uma abordagem mais holística e integrada no cuidado dos pacientes portadores de HIV.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas