Objetivo: Analisar o perfil epidemiológico dos óbitos notificados por leucemias no estado do Mato Grosso de 2015 a 2019. Materiais e métodos: Trata-se de um estudo transversal e retrospectivo. Os dados foram coletados do sistema de base de dados da Secretaria de Estado de Saúde de Mato Grosso, os aspectos éticos seguiram a Resolução do Conselho Nacional de Saúde número 510/2016. Os resultados tabulados foram analisados no programa Excel e os dados expressos em frequência relativa. Resultados: Foram notificados 480 óbitos por leucemia, destes 45,62% por leucemia mieloide, 28,95% leucemia linfoide, 23,33% leucemias de tipo celular não especificado, 1,87% leucemias de células de tipo especificada e 0,20% leucemia monocítica. Quanto ao sexo, 51,04% masculino e 48,96% feminino. Quanto a ocorrência por faixa etária, a mais acometida foi acima de 75 anos representando 18,96%, seguida da faixa de 65 a 74 anos (16,04%), e a menos acometida foi de 0 a 4 anos (4,38%). Quanto a raça/cor, 58,33% era parda, 35,85% branca, 3,54% preta, 0,83% indígena, 0,62% amarela e 0,83% não identificado. Quanto ao ano de notificação, foram 17,5% em 2015, 20,20% em 2016, 22,08% em 2017, 19,60% em 2018 e 20,62% em 2019. Quanto a macrorregião da residência, 51,25% foi na centro-norte, 17,5% norte, 13,13% sul, 7,92% oeste, 7,3% leste, 2,7% outros estados e 0,2% ignorado. Discussão: O maior número de óbitos ocorreu em idosos, sendo a leucemia mieloide o subtipo mais letal, reflete seu caráter crônico e associado à comorbidades, o que pode aumentar o uso de Unidades de Terapia Intensiva. A raça/cor mais acometida acompanhou o esperado para a maioria das neoplasias, com predominância em pardos no Mato Grosso. Os homens foram 4% mais acometidos que as mulheres, o que pode ser devido a maior exposição aos fatores de risco (tabagismo e benzeno). A macrorregião mais acometida no Mato Grosso tem apenas uma Unidade de Assistência de Alta Complexidade em Oncologia (UNACON), já a região sul que apresentou 7,92% dos óbitos conta com 3 unidades. Conclusão: O levantamento epidemiológico é importante para orientar profissionais de saúde acerca da prevalência e tipologia das leucemias na região, permitindo direcionamento de recursos, planejamento e execução de ações com base nos dados coletados. Assim, consegue-se melhor direcionamento de questões relacionadas a diagnóstico, prevenção e tratamento.
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