
Identificar o perfil epidemiológico dos doadores do Banco de Sangue de Ribeirão Preto que apresentaram reações adversas sistêmicas à doação de sangue.
Material e métodosPesquisa descritiva e retrospectiva através das notificações de reações adversas relatadas durante ou após coleta de sangue dos doadores no período de maio 2021 a maio de 2022. Realizado levantamento de dados, considerando o tipo de intercorrência, frequência de doações, gênero, idade e sinais vitais verificados no setor de triagem e coleta.
ResultadosOs dados analisados foram de maio 2021 a maio 2022, neste período houveram 15.253 doadores ao qual 1,04% apresentaram reações adversas sendo 35% durante a doação de sangue e 65% após a doação de sangue. Havendo maior incidência em doadores de primeira vez, representando 63% das reações adversas. A reação vaso vagal leve prevaleceu em 53% dos doadores, hipotensão em 33% e vaso vagal moderada em 14%, ao qual entre eles 22% receberam reposição salina com solução fisiológica. Os doadores que apresentaram reações adversas, foram 52% do sexo feminino e 48% do sexo masculino. A idade de 16 a 29 anos representou 51% dos doadores, 30 a 49 anos representou 38% e de 50 a 70 anos representou 30%. Ao verificar os sinais vitais no setor da triagem, 48% dos doadores pesavam abaixo de 70kg, 71% apresentaram pressão arterial sistólica abaixo de 120, 42% apresentaram pressão arterial diastólica abaixo de 80 e 86% com frequência cardíaca abaixo de 90 batimentos por minuto.
DiscussãoEm nosso estudo, houve predominância de reações adversas sistêmicas à doação de sangue em doadores de primeira vez e idade de 16 a 29 anos podendo haver fatores associados como ansiedade, baixo peso e sinais vitais sendo pressão arterial abaixo de 120 × 80mmHg e a frequência cardíaca abaixo de 90 batimentos por minuto. Devido esta predominância do perfil dos nossos doadores, foram notificadas 53% de reações vaso vagais leves.
ConclusãoO estudo permite o aperfeiçoamento do perfil epidemiológico dos doadores que apresentam reações adversas com maior frequência sendo os de primeira vez e idade de 16 a 29 anos, ao qual nos auxilia na prevenção de futuras reações adversas sistêmicas para promover ações de melhoria e aumentar a segurança e qualidade no atendimento dos doadores com maior risco de reações adversas sistêmicas.