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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1045-S1046 (outubro 2024)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DE PACIENTES COM MIELOMA MÚLTIPLO E NEOPLASIAS DE CÉLULAS PLASMÁTICAS NO ESTADO DE MINAS GERAIS ENTRE OS ANOS DE 2013 A 2023
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DPM Resende, JM Martins, RV Lima, AAP Sales
Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM), Uberaba, MG, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivo

Descrever o perfil epidemiológico dos pacientes com mieloma múltiplo (MM) e neoplasias de células plasmáticas de 2013 a 2023 em MG.

Método

Trata-se de um estudo descritivo, quantitativo, transversal, retrospectivo e observacional, utilizando dados do DataSus. A coleta foi feita na aba Informações de Saúde (TabNet), empregando os filtros: UF de tratamento (MG), diagnóstico detalhado (C90), idade, faixa etária, ano do diagnóstico (2013-2023), modalidade terapêutica e tempo de tratamento. Os dados foram inseridos em planilhas no Excel, convertidos em gráficos e analisados por estatística descritiva.

Resultados

A análise identificou 3.957 casos de MM e neoplasias de células plasmáticas no estado entre 2013-2023, com uma incidência anual de 2,4 casos por 100.000 habitantes. A maioria dos pacientes era do sexo masculino (52,79%) e a idade prevalente foi 65 anos (3,79%). As faixas etárias predominantes foram 65-69 anos (17%), 60-64 anos (16,32%), 55-59 anos (13,97%), 70-74 anos (13,69%), 75-79 anos (11,44%) e 80 anos ou mais (8,87%). Houve mais tratamentos em 2022 (12,73%), seguido por 2023 (12,56%). As modalidades terapêuticas principais foram quimioterapia (88,67%) e radioterapia (9,90%). 50,92% dos pacientes receberam tratamento por até 30 dias, enquanto 26,63% foi superior a 60 dias.

Discussão

O MM e as neoplasias de células plasmáticas são tumores malignos que leva a proliferação desordenada e clonal de plasmócitos na medula óssea. Resultando em complicações como anemia, lesões ósseas, danos renais, além de impactos nos aspectos psicológicos e na qualidade de vida. Os fatores de risco incluem ser do sexo masculino, ter idade acima de 60 anos e ser de descendência africana. Em nossos resultados a maioria dos pacientes era do sexo masculino (52,79%) e a idade mais acometida foi 65 anos, mostrando consonância entre nossos achados e a bibliografia consultada. Não foi possível verificar a descendência do indivíduo pois essa informação não é disponibilizada no DataSus. 2022 foi o ano em que mais realizou-se tratamentos e isso pode ser explicado por fatores como, avanços e melhorias no sistema de saúde, acesso a tratamentos especializados e influência da pandemia de COVID-19, uma vez que, houve uma redução das atividades de saúde em 2020 e 2021 levando a um acúmulo de diagnósticos e tratamentos que só puderam ser realizados em 2022. A seleção do método terapêutico a ser usado depende do tipo e gravidade da condição, neste estudo a maior parte foram tratados com quimioterapia. Apesar do desenvolvimento de novas terapias, o MM permanece sendo uma condição incurável e a maioria dos pacientes enfrenta recorrências da doença. Dessa forma, em grande parte das situações o tratamento é focado em controle, alívio dos sintomas e melhoria na qualidade de vida, para isso é essencial intervenções multiprofissionais.

Conclusão

Verificou-se que, no estado de MG os indivíduos mais afetados são do sexo masculino e com idade superior a 60 anos. Portanto, é crucial uma atenção especial a esse grupo, conscientizar sobre a importância de realizar exames anuais e o acompanhamento médico para um diagnóstico precoce e preciso dessa patologia.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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