Compartilhar
Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S535-S536 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S535-S536 (outubro 2024)
Acesso de texto completo
PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA MORTALIDADE POR MIELOMA MÚLTIPLO E NEOPLASIAS MALIGNAS DE PLASMÓCITOS ENTRE 2012 E 2022 NO BRASIL
Visitas
374
SB Nunesa, JS Cardosob, GG Pelegrinic, VMP Costad, GDS Barbosae, GS Gueratob, YS Mouraf, LHMSG Graciollig
a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
b Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), São Caetano do Sul, SP, Brasil
c Universidade Anhembi Morumbi (UAM), São Paulo, SP, Brasil
d Universidade Nove de Julho (UNINOVE), Osasco, SP, Brasil
e Instituto Master de Ensino Presidente Antônio Carlos (IMEPAC), Araguari, MG, Brasil
f Universidade Salvador (UNIFACS), Salvador, BA, Brasil
g Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, SP, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

Mais dados
Objetivo

Descrever o perfil epidemiológico da mortalidade por mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos no território brasileiro.

Material e métodos

Trata-se de um estudo descritivo com abordagem quantitativa acerca da mortalidade por mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócito no Brasil, no período de 2012 a 2022. Os dados foram obtidos através do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Para o presente estudo foram analisadas as variáveis: ano de processamento, faixa etária, cor/raça e sexo.

Resultados

Observou-se que ocorreram 34.595 óbitos por residência decorrentes de mieloma múltiplo e neoplasias malignas de plasmócitos em todo o país durante a série temporal de 2012 e 2022, tendo 2012 (2.403 ou 6,9%) e 2022 (3.679 ou 10,6%) sido os anos com mais e menos registros. No que tange à idade prevalente de falecimentos, a incidência se deu entre 60 e 69 anos, com o total de 10.134 (29,3%). Além disso, foi notado que a população masculina foi a que mais pereceu em decorrência da doença, com 17.861 (51,6%). Por fim, a taxa de óbitos segundo cor/raça foi a que mais variou, com 20.013 (57,8%), 2.958 (8,6%), 165 (0,5%), 10.173 (39,4%), 42 (0,1%) e 1.244 (3,6%) sendo brancos, pretos, amarelos, pardos, indígenas e ignorados, respectivamente.

Discussão

Neste estudo foi possível identificar que a faixa etária mais afetada, de 60 a 69 anos, apontando que essas neoplasias têm mais incidência nas idades mais avançadas. Com relação à cor/raça, 57,8% dos óbitos ocorreram em indivíduos brancos, o que vai de encontro com as evidências sobre a prevalência maior nessa população. Houve também um aumento considerável no número de óbitos ao longo dos anos, com um pico em 2022. Esse dado sugere tanto a melhoria no rastreio desses tipos de câncer quanto o envelhecimento da população brasileira. A predominância de óbitos entre homens (51,6%) pode indicar uma maior susceptibilidade masculina a essas doenças, bem como diferenças de acesso e resposta ao tratamento.

Conclusão

Portanto, é evidente a relevância da análise dos casos de mieloma múltiplo e sua influência no Brasil. É possível ver a prevalência aumentada em indivíduos de cor branca e para as idades de 60+, indicando a importância do rastreamento para um diagnóstico precoce, aumentando assim as taxas de sobrevida. Contudo, cada caso possui sua individualidade e deve ser levado em conta durante a escolha do tratamento, para que um desfecho positivo possa ser observado.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas