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Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S707-S708 (outubro 2024)
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HEMO 2024
Páginas S707-S708 (outubro 2024)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO DA ANEMIA POR DEFICIÊNCIA DE FERRO NA POPULAÇÃO PEDIÁTRICA DE 2013 A 2023
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LHMSG Graciollia, JS Cardosob, NCMV Beloc, AADE Santod, KMBS Pintoe, LR Rocumbackf, MFT Bragag, NER Rodriguesh
a Faculdade de Medicina de Jundiaí (FMJ), Jundiaí, SP, Brasil
b Universidade Municipal de São Caetano do Sul (USCS), São Caetano do Sul, SP, Brasil
c Faculdade Pernambucana de Saúde (FPS), Recife, PE, Brasil
d Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
e Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais (FCM-MG), Belo Horizonte, MG, Brasil
f Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
g Universidade Federal de Alfenas (UNIFAL), Alfenas, MG, Brasil
h Universidade federal do Acre (UFAC), Rio Branco, AC, Brasil
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Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivos

O estudo examina o perfil epidemiológico da anemia por deficiência de ferro em crianças de 2013 a 2023. Visa identificar tendências temporais, fatores de risco, prevalência e aspectos geográficos da doença para melhorar políticas de saúde pública e estratégias de intervenção, com foco em diagnóstico, tratamento e prevenção, promovendo a saúde infantil.

Métodos

Este estudo epidemiológico, descritivo, retrospectivo e quantitativo usa dados do Sistema de Informações Hospitalares (SIH) e do Departamento de Informática do SUS (DATASUS) de janeiro de 2013 a dezembro de 2023. Foram analisadas informações sobre a incidência de anemia por deficiência de ferro em crianças de até 14 anos no Brasil durante esse período.

Resultados

A análise das internações por anemia ferropriva no Brasil (2013-2023) mostra disparidades regionais e variações temporais. O total de internações variou, com 727 em 2020 e 1150 em 2023, possivelmente devido à pandemia de COVID-19 e subsequente aumento na busca por atendimento médico. O Nordeste liderou, com 40,9% das internações em 2013 e 30,6% em 2023, destacando a Bahia. São Paulo apresentou domínio da Região Sudeste, com 21,4% em 2022. O Sul teve flutuações, com Santa Catarina em 5,2% em 2023. O Norte aumentou para 17,5% em 2019 e o Centro-Oeste cresceu de 7,6% em 2013 para 11,9% em 2023. Esses dados destacam a necessidade de estratégias específicas para prevenção e tratamento, especialmente no Nordeste e Sudeste.

Discussão

A análise de óbitos por anemia ferropriva em crianças (2013-2023) revela que a Região Nordeste foi a mais impactada, com picos de 7 óbitos em 2017 e 4 em 2015 e 2018, indicando problemas persistentes, dentre eles, os fatores socioeconômicos como a pobreza e o baixo nível de escolaridade (1,2); e as deficiências nutricionais e a suplementação de ferro. Em contraste, a Região Sudeste apresentou menor incidência, refletindo melhores condições de saúde. O número de óbitos variou de 7 em 2017 e 2018 para 2 em 2020, aumentando para 9 em 2023. A alta taxa de óbitos nas Regiões Nordeste e Norte demanda estratégias aprimoradas de suplementação de ferro e educação nutricional, enquanto Sul e Centro-Oeste evidenciam maior eficácia nas políticas de saúde.

Conclusão

O estudo revelou disparidades regionais e variações temporais nas internações por anemia ferropriva no Brasil (2013-2023), destacando a necessidade de estratégias específicas para Nordeste e Sudeste. O pico em 2023 e o impacto da pandemia evidenciam a urgência de revisar e fortalecer políticas de prevenção e tratamento. Embora os achados sejam cruciais para melhorar a saúde infantil, estudos ecológicos podem sofrer com subnotificações e variabilidade nos registros. São necessários estudos mais robustos para confirmar os resultados e apoiar intervenções eficazes.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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