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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S476 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S476 (outubro 2024)
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PERFIL EPIDEMIOLÓGICO, CARACTERÍSTICAS CLÍNICAS E COMPLICAÇÕES DE PACIENTES COM NEOPLASIAS MIELOPROLIFERATIVAS CLÁSSICAS NO BRASIL
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M Guaranáa, JPO Fernandesb, RG Akkamb, TT Marinhoc, AF Sandesd, E Beteillee, CAM Souzaf, MJ Juniorf, BCR Monte-Mórg, C Solzab
a Hospital Universitário Gaffrée e Guinle (HUGG), Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro (UNIRIO), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
b Hospital Universitário Pedro Ernesto (HUPE), Universidade do Estado do Rio de Janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Hospital Universitário Professor Alberto Antunes, Universidade Federal de Alagoas (UFAL), Maceió, AL, Brasil
d Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP), São Paulo, SP, Brasil
e Hospital Universitário Polydoro Ernani de São Thiago, Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), Florianópolis, SC, Brasil
f Departamento de Tecnologias da Informação e Educação em Saúde Laboratório Médico de Pesquisas Avançadas, Faculdade de Ciências Médicas (FCM), Universidade do Estado do Rio de janeiro (UERJ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
g Laboratório de Biologia Molecular (CEMO), Instituto Nacional de Câncer (INCA), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

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Introdução

A mielofibrose (MF), a trombocitemia essencial (TE) e a policitemia vera (PV) são neoplasias mieloproliferativas (NMP) associadas a uma elevada carga de sintomas constitucionais, redução da qualidade de vida e da sobrevida global. Em geral, estes pacientes têm um risco muito aumentado de eventos trombóticos e a progressão para MF (no caso de pacientes com TE e PV) ou leucemia mieloide aguda permanece como uma grande preocupação. Até o momento, existem poucos dados na literatura sobre a epidemiologia das NMP no Brasil.

Objetivo

Analisar e descrever dados epidemiológicos, clínicos, laboratoriais e complicações de pacientes diagnosticados com NMP em 5 centros brasileiros.

Métodos

Estudo retrospectivo e prospectivo, em 5 centros no Brasil, com dados coletados do prontuário e incluídos em ficha clínica eletrônica na plataforma REDCap. A análise foi realizada com o pacote estatístico R.

Resultados

Foram incluídos 201 pacientes com NMP, dos quais, 56.7% eram do sexo feminino e 43.3% do sexo masculino, com mediana de idade ao diagnóstico igual a 63 anos (IQR: 51 a 72). A NMP mais comum foi a mielofibrose (40,2%), que incluiu MF primária, secundária e pré-fibrótica, seguida da TE (34.2%) e PV (25.6%). A mutação mais frequente foi JAK2 que estava presente em 96%, 58.8% e 50% dos pacientes com PV, MF e TE, respectivamente (p < 0.001). CALR e MPL estavam presentes em 30.9% e 4.4% dos pacientes com TE, e em 29.5% e 2.6% daqueles com MF, respectivamente. Em 84.8% dos pacientes com mielofibrose o cariótipo não foi realizado. Os sintomas mais frequentes ao diagnóstico foram fadiga (32%), emagrecimento (20.8%) e prurido (18%). Esplenomegalia estava presente em 33.5% dos pacientes ao diagnóstico. A complicação mais frequente ao diagnóstico foi trombose (12%) e evolução para leucemia aguda (LA) ocorreu em 2.8%.

Conclusão

Entre os resultados preliminares encontrados, destacamos que: (a) os resultados de idade, gênero e a frequência de PV e TE foram semelhantes aos descrito na literatura; (b) a fadiga é também na população brasileira o sintoma mais frequente e severo; (c) a maior prevalência de MF pode estar correlacionada ao maior diagnóstico de pacientes com MF pré fibrótica; e (d) a mutação em MPL teve uma frequência menor comparada a outros estudos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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