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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S661-S662 (Outubro 2022)
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PERFIL DOS DOADORES DE SANGUE NA FUNDAÇÃO HEMOCENTRO DE BRASÍLIA DURANTE A PANDEMIA DE COVID-19
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Fundação Hemocentro de Brasília, Brasilia, DF, Brasil
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Este estudo teve como objetivo analisar o perfil dos doadores de sangue total durante o período da pandemia de COVID-19. Para os setores de Captação, instituídos em todos os Hemocentros públicos do país, é importante conhecer o público que tem adesão maior à doação para que se possa adotar estratégias direcionadas em períodos de calamidade pública. Ao considerar que a última pandemia oficialmente anunciada pela Organização Mundial da Saúde (OMS) foi a da gripe suína, há mais de 10 anos, faz-se mister compreender que tipo de doadores de sangue o Hemocentro de Brasília teve durante os quase dois anos de calamidade pública decretados pelo governo do Distrito Federal (entre junho de 2020 e abril de 2022). Ao traçar esse perfil, será possível compreender para que público as ações e estratégias destinadas à captação e fidelização de doadores devem ser direcionadas, a fim de garantir estoques de sangue seguros e suficientes para o abastecimento integral da rede de saúde. Realizou-se um estudo comparativo do perfil de doadores de sangue dos dois anos antecedentes à pandemia (junho de 2018 a abril de 2020) com os doadores dos quase dois anos de estado de calamidade pública (junho de 2020 a abril de 2022). Os dados foram extraídos do sistema informatizado utilizado para todo o Ciclo do sangue (SISTHEMO). Para a seleção dos doadores, o parâmetro utilizado foi o atendimento “sangue total”. No primeiro período (2018 a 2020) o sistema retornou 79.184 doadores. 32% deles possuem 3° grau completo; 30% com 2° grau completo, seguido de 17% com 3° grau incompleto. Quanto à faixa etária, 50% possuem entre 18 e 29 anos; 35% de 30 a 39 anos; e 23% de 40 a 49 anos. 53% foram homens e 46% mulheres. Já no período pandêmico (2020 a 2022) o sistema registrou 74.598 doadores. 36% com 3° grau completo; 29% com 2° grau completo; e 18% com 3° grau incompleto. Quanto à faixa etária, 53% possuem de 18 a 29 anos; 34% de 30 a 39 anos; e 24% de 40 a 49 anos. 49% são homens e 51% mulheres. Os dados revelam uma redução de quase 6% sobre o total de doadores durante a pandemia. Houve um aumento significativo do público com graduação completa e a manutenção do perfil prevalente da faixa de 18 a 29 anos. Interessante destacar o aumento de doadoras sobre doadores, especialmente devido à prevalência histórica de doadores homens. O contexto da pandemia, aliado à todas as sensibilizações e trabalho educativo realizados em conjunto pela Captação e Comunicação Social podem ter contribuído para inverter esse número. Isoladamente, os números não revelam grandes discrepâncias entre os períodos analisados. Contudo, ao trazer à baila o perfil de candidatos à doação de sangue total, tem-se no primeiro período 35% de candidatos de primeira vez; 28% de esporádicos; 37% de repetição (duas ou mais doações a cada 12 meses). 73% de doações espontâneas; 12% de reposição; e 10% de campanhas de grupos. No período da pandemia foram 32% de primeira vez; 31% esporádicos e 37% de repetição. Total de 84% de doações espontâneas; 5% de reposição e 9% e campanhas. A partir dos dados levantados é possível inferir que durante a pandemia houve um aumento do perfil de candidatos à doação esporádicos e de doações espontâneas em relação àqueles candidatos sensibilizados no âmbito hospitalar ou pelos voluntários que desenvolvem campanhas de doação. Conclui-se que as ações nas mídias sociais juntamente aos voluntários foram positivas para amenizar o impacto da COVID na FHB.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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