
Descrever o perfil demográfico dos doadores de medula óssea por regiões no Brasil.
Material e métodosEstudo descritivo, transversal e retrospectivo, a partir de dados cadastrados no REDOME (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea) nos últimos 10 anos, obtendo dados quanto ao número de doadores cadastrados, faixa etária e gênero, analisados de acordo com cada região brasileira.
ResultadosQuanto à população, gênero e faixa etária de todas as regiões brasileiras, analisou-se o perfil de 5.773.597 doadores, cadastrados. A região Sul destacou-se, com cerca de 4%, já a região Nordeste, cerca de 2%, sendo a de menor percentual. No geral a maioria foi do sexo feminino com 57,3%, o masculino 42,6% e cerca de 0,1% não informou o sexo. A incidência por idade foi de 0,1% para menores de 18 anos, de 18 a 39 anos, 44,7%, 40 a 59 anos, 46,8% e maior ou igual a 60 anos, 8,4%.
DiscussãoDesordens hematológicas graves, fazem o sangue circulante conter alterações significativas. O transplante de Medula Óssea (MO) é uma escolha terapêutica eficiente, pois o enxerto fará a nova produção e destruição das células que estão “doentes”, dessa forma aumentando as chances de um bom prognóstico. O cadastro no REDOME (Registro Brasileiro de Doadores Voluntários de Medula Óssea), o banco nacional de doadores de MO, mantém informações pessoais de voluntários propensos a doar. Analisando o perfil dos doadores brasileiros, observa-se uma predominância do sexo feminino e das faixas etárias entre 18 e 59 anos. A região Sul apresenta o maior percentual de doadores cadastrados, enquanto a Nordeste concentra o menor, embora seja a segunda região mais populosa do país, com cerca de 54.658.515 habitantes. As analises demográficas auxiliam a notar pontos que merecem atenção para ampliar a base de doadores no país.
ConclusãoDe toda forma, estudos devem avançar para entender o perfil demográfico dos doadores e criar estratégias para maior captação de voluntários, bem como garantir a fidelização dos doadores de medula óssea já cadastrados no REDOME, o que continua sendo desafiador.