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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S534-S535 (outubro 2024)
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PERFIL DE ÓBITOS POR MIELOMA MÚLTIPLO NOS ÚLTIMOS 10 ANOS NO BRASIL
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259
CM Lucini, MFGM Fernandes, IM Almeida, LM Pinheiro
Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (PUC-RS), Porto Alegre, RS, Brasil
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HEMO 2024

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Objetivos

Este estudo visa examinar o perfil de óbitos por mieloma múltiplo (MM) no Brasil nos últimos 10 anos. Essa análise é crucial para averiguar as tendências e as distribuições das mortes desses pacientes afetados a fim de descrever o perfil dos pacientes que faleceram por MM no Brasil entre 2014 e 2022, tendo em vista que compreender esses dados é essencial para identificar lacunas no atendimento e aprimorar as políticas públicas de saúde.

Material e métodos

Estudo ecológico observacional em que se utilizou uma análise de série temporal. A revisão foi realizada em uma base de dados de domínio público, utilizando o sistema Departamento de Análise de Saúde e Vigilância de Doenças Não Transmissíveis (DASNT), abrangendo o período de janeiro de 2014 a dezembro de 2023. Para analisar os óbitos decorrentes do mieloma múltiplo (CID 10: C90) foram avaliadas as seguintes variáveis: número de óbitos para MM, região geográfica de ocorrência, grupo etário, raça e sexo. Todos os dados foram armazenados em uma planilha Excel e as descrições das variáveis foram realizadas por meio da análise de frequências absolutas e relativas.

Resultados

No Brasil, entre 2014 e 2023, foram registrados 32.598 óbitos por MM, com crescimento de 41,5% nesse período. Destes, 51,9% eram do sexo masculino e 48,1% do sexo feminino. Considerando a faixa etária, a mesma porcentagem de 29,3% dos óbitos ocorreram em indivíduos entre 60 e 69 anos e em indivíduos entre 70 e 79 anos, representando 58,6% do total de casos. Sobre cor, 57,2% dos óbitos ocorreram em brancos, 30,3% em pardos e 8,8% em pretos. Em relação à região, o Sudeste apresentou a maior taxa de óbitos (51,3%), seguido pelo Nordeste (21%) e pelo Sul (16,8%). As regiões Norte e Centro-Oeste foram responsáveis por 10,7% das mortes. Em relação ao total de neoplasias malignas declaradas ou presumidas como primárias dos tecidos linfáticos, hematopoético e tecidos correlatos, a MM representou 21,1% dos óbitos no período avaliado.

Conclusão

A análise detalhada do perfil dos óbitos por MM nos últimos 10 anos revela informações significativas, destacando a necessidade de alocar recursos e desenvolver estratégias de manejo dentro da saúde pública. Observa-se uma tendência crescente de mortalidade, especialmente em faixas etárias mais avançadas, entre os 60 a 79 anos. Os óbitos destacam a urgência de diagnósticos precoces e tratamentos efetivos que são essenciais para reduzir a mortalidade e melhorar a qualidade de vida dos pacientes com mieloma múltiplo.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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