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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 108
Acesso de texto completo
PERFIL DE ANTICORPOS ERITROCITÁRIOS EVANESCENTES EM PACIENTES TRANSFUNDIDOS
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97
GF Devides, FRM Latini, AJP Cortez, CP Arnoni, TAP Vendrame
Colsan Associação Beneficente de Coleta de Sangue, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A transfusão de concentrado de hemácias é uma prática amplamente utilizada na medicina para o tratamento de diversas condições clínicas. No entanto, esta prática não está isenta de complicações, sendo a aloimunização eritrocitária uma das principais. Um fator relevante é o comportamento dos aloanticorpos, especialmente em relação à sua evanescência, pois a reexposição a antígenos previamente sensibilizantes pode resultar em reações hemolíticas tardias graves. Portanto, a correlação entre a aloimunização e a evanescência dos anticorpos é essencial para o manejo seguro de pacientes transfundidos.

Objetivos

O objetivo deste trabalho foi realizar um levantamento do perfil de evanescência dos anticorpos dos principais sistemas, previamente identificados pelo laboratório de Imunohematologia.

Material e métodos

Foi realizado um estudo retrospectivo, no período de outubro de 2024 a maio de 2025, envolvendo pacientes com necessidade transfusional e resultado negativo na pesquisa de anticorpos irregulares (PAI) realizada em tubo e que apresentavam anticorpos previamente detectados.

Resultados

Durante o período analisado, foram registradas 268 solicitações transfusionais para pacientes com pesquisa de anticorpos atual negativa, porém com histórico de um ou mais anticorpos, totalizando 430 anticorpos evanescentes. O sistema Rh foi o mais representativo, correspondendo a 57% dos casos. Dentro deste sistema, destacaram-se os seguintes anticorpos: anti-E (27,4%), anti-D (11,0%), anti-C (7,5%), anti-c (6,6%), anti-Cw (2,8%), anti-e (1,9%) e anti-f (0,2%). O sistema Kell representou 18% dos casos, com predomínio do anti-K (12,6%) e anti-Kpa (4,9%). O sistema Lewis foi responsável por 10% das ocorrências, com predominância do anti-Lea (9,5%) e, em menor proporção, do anti-Leb (0,9%). O sistema Kidd esteve presente em 5% dos casos, com o anti-Jka (2,5%) e o anti-Jkb (2,1%) como principais aloanticorpos. Já o sistema MNS apresentou 3%, sendo o anti-S (1,4%) o mais frequente, seguido do anti-M e anti-s (0,7%). O sistema Duffy também respondeu por 3% dos casos, com destaque para o anti-Fya (2,1%) e o anti- Fyb (0,5%). Por fim, os sistemas Diego (4%) e P (1%) apresentaram menor prevalência no conjunto analisado.

Discussão e conclusão

A evanescência de anticorpos pode levar à sua não detecção em testes atuais, porém a reexposição ao antígeno correspondente pode desencadear reações hemolíticas tardias graves. Sendo assim, o histórico imuno-hematológico atualizado é uma ferramenta indispensável para a seleção adequada de hemocomponentes, contribuindo significativamente para a prevenção de eventos adversos e para a segurança transfusional.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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