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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S812 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S812 (outubro 2024)
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PERFIL DAS REAÇÕES TRANSFUSIONAIS EM HOSPITAL DE ALTA COMPLEXIDADE
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304
AF Silveira, CN Freitas, DEL Brum, JRT Junior, RD Mello, SR Souza
Irmandade Santa Casa de Porto Alegre (ISCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivo

Descrever os tipos de reações transfusionais (RT), suas frequências e característica do hemocomponentes envolvido.

Materiais e métodos

As RTs ocorrem durante ou após a transfusão de qualquer hemocomponente; seu pronto reconhecimento é fundamental para a segurança dos pacientes. Entretanto, não sabemos o quanto de reações podem não estar sendo notificadas. Em nosso serviço, as reações transfusionais são evidenciadas a partir de informação da ocorrência pela equipe assistencial em nosso sistema de gestão (SA), bem como através de contato telefônico prévio com analistas da área de imunohematologia de receptores. Os registros de transfusões e reações transfusionais são feitos no sistema informatizado do Banco de Sangue (SBS) e sistema institucional (TASY). Levantamos, inicialmente, as reações transfusionais agudas ocorridas entre 12 de março e dezembro de 2023 e estamos em fase de finalização das ocorrências deste ano, cujo levantamento será finalizado em setembro de 2024. Os hemocomponentes envolvidos foram concentrados de hemácias (CH), concentrado de hemácias filtrado (CHF), CH sem buffy-coat (CHSBC), pool de plaquetas, pool de plaquetas sem buffy-coat (PPSBC) plasma fresco e células progenitoras hematopoiéticas (CPH). Não utilizamos componentes plasmáticos obtidos de doações de mulheres com mais de 2 gestações.

RESULTADOS 2023. Foram transfundidos 16919 hemocomponentes. 18% dos CH transfundidos eram CHSBC, enquanto que 26% dos pools de plaquetas eram PPSBC. Entre os pacientes adultos transfundidos (80%) tivemos 34 reações transfusionais, sendo que 71% delas foram relacionadas à reação transfusional não hemolítica (RFNH), com frequência de 55% em mulheres e o hemocomponente mais envolvido foi o concentrado de hemácias (92%, sendo apenas 30% com hemácias filtradas e nenhuma envolvendo CHSBC). Na população pediátrica (20%), houve notificação de 8 reações, sendo equivalentes as frequências de RFNH e alérgica (43%), e mais prevalente nas meninas (71%). Nesta população, o uso de componentes filtrados envolvidos foi de 85%, mas sem relato reações relacionadas aos componentes com redução do buffy-coat. Nossa frequência de notificações foi de 0,25% na população adulta e de 0,21% na população pediátrica. Outras reações foram um caso de dispneia associada à transfusão (adulto), um caso de ansiedade (CHF adulto) e 2 casos de reações associadas à infusão de CPH (alérgica e dispneia).

Discussão

Identificamos uma frequência baixa de eventos adversos relacionados à transfusão e estamos em fase de conclusão de busca ativa destes eventos com os recursos de TI de nossa instituição. Estamos em avaliação do uso de componentes com depleção do buffy-coat como um fator que possa ter motivado este menor número de notificações. Não tivemos notificações de TRALI ou TACO.

Conclusão

Nossa frequência de notificações de RT foi de 0,23% e mais frequentes em mulheres, sendo importante a participação de RT alérgica na população pediátrica. Na população adulta, 71% das reações foram classificadas como RFNH e nao associadas ao CHSBC ou PPSBC. Ações estão sendo feitas para entender a frequência encontrada em nosso Serviço.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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