Objetivo: Identificar o perfil socioepidemiológico dos pacientes diagnosticados e internados com anemia ferropriva (AF) no estado da Bahia. Material e metódos: Trata-se de um estudo ecológico e transversal, cujos dados foram obtidos por meio de consulta à base de dados Morbidade hospitalar do SUS (SIH/SUS) durante o período de janeiro de 2010 a janeiro de 2020, disponibilizado pelo Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Os resultados foram apresentados em porcentagens e na forma de gráficos, com ajuda do software Microsoft Office Excel 2016. Resultados: Foram registradas 7.866 internações entre janeiro de 2010 e janeiro de 2020, sendo no município de Salvador o maior número de internações com 6,2% (490). A faixa etária de maior prevalência foi entre os 40-49 anos com 15% (1.180), seguido com 13% (1.043) do intervalo etário 70-79 anos. Na variável sexo, 58% (4.556) correspondiam ao sexo feminino e quando analisado a cor/raça 52% (4.061) se autodeclaram parda e 34,5% (2.868) não tinha informação. No tocante ao atendimento, 99% (7.783) foram de urgência apresentando um período média de permanência de 5,6 dias, 43% (3.386) foram internados no regime público e 36% ignorado (2.864). Foram evidenciados 483 óbitos predominando principalmente no sexo masculino com 57% (259). Discussão: A anemia é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como a condição na qual a concentração sanguínea de hemoglobina está abaixo dos valores considerados normais para a idade, sexo, estado fisiológico e altitude, sendo as mulheres, gestantes ou não, juntamente com as crianças e idosos considerados grupos mais vulneráveis. A anemia por deficiência de ferro é, isoladamente, a mais comum das deficiências nutricionais do mundo e ocorre como resultado de perda sanguínea crônica, perdas urinárias, ingestão e/ou absorção deficiente e aumento do volume sanguíneo. De maneira geral, as mulheres tendem a apresentar menores reservas de ferro que os homens devido ao fluxo menstrual, portanto, maior risco para anemia. As causas da anemia na mulher diferem de acordo com as suas diferentes fases da vida: infância, menacme, gravidez e climatério. Os distúrbios menstruais constituem importante problema clínico, afetando cerca de 25% a 30% das mulheres durante sua vida reprodutiva. Conclusão: O presente estudo está de acordo com a literatura mundial, apresentando uma maior prevalência da (AF) no sexo feminino. A maioria dos pacientes internados tem (AF) possivelmente como causa secundária a uma condição de base. Não foram encontrados valores expressivos da (AF) em lactentes e em pré escolares, provavelmente devido as melhores condições nutricionais, como por exemplo, a fortificação das farinhas de milho e trigo com ferro e ácido fólico e ao Programa Nacional de Suplementação de Ferro (PNSF) aos grupos de riscos (crianças de seis a dezoito meses, gestantes e mulheres no pós-parto). O valor significativo de internações nos pacientes acima de 70 anos, pode estar relacionado a uma baixa ingestão de proteínas, questões fisiológicas, medicamentos e a uma baixa escolaridade. Portanto, devemos pensar em uma maior ampliação do PNSF a essa faixa etária em casos onde há exclusão de perda sanguínea na causa etiológica, visto que anormalidades no trato gastrointestinal têm sido bastante identificada na maioria dos idosos, acarretando uma menor absorção do ferro.
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