O Patient Blood Management (PBM) é uma abordagem baseada em evidências voltada para a otimização da saúde do sangue, a minimização de perdas sanguíneas e a melhoria dos desfechos clínicos, respeitando os valores e preferências do paciente. Sua aplicação demanda atuação interdisciplinar, sendo a equipe de enfermagem protagonista em todas as fases — desde a triagem e preparo pré-operatório, passando pela vigilância intraoperatória, até o acompanhamento pós- operatório. A enfermagem, ao seguir protocolos institucionais, contribui de forma essencial para a cultura de segurança, gestão do cuidado e sustentabilidade do programa.

Descrever o papel fundamental da equipe de enfermagem na aplicação e manutenção do PBM, ressaltando sua contribuição para a segurança do paciente, adesão aos protocolos e melhoria contínua dos processos assistenciais.

Revisão narrativa da literatura nacional e internacional sobre PBM e prática de enfermagem, associada à análise da experiência institucional na implementação do programa. Foram considerados artigos indexados nas bases PubMed, SciELO e LILACS, além de diretrizes da Organização Mundial da Saúde (OMS) e de sociedades científicas. A síntese enfocou estratégias e atribuições específicas da enfermagem nas três fases do PBM: Otimização da massa eritrocitária – triagem laboratorial, rastreamento de anemia, orientação sobre suplementação. Redução de perdas sanguíneas – manejo rigoroso de dispositivos, técnicas de punção, monitoramento hemodinâmico e prevenção de sangramentos. Melhoria da tolerância à anemia – vigilância clínica, avaliação de sinais de hipoperfusão, suporte terapêutico e educação ao paciente.

A equipe de enfermagem é elemento-chave na efetividade do PBM, atuando não apenas na execução de cuidados, mas também na educação do paciente, na detecção precoce de complicações e no fortalecimento da cultura de segurança. Seu papel é determinante para que o PBM se mantenha ativo e sustentável, garantindo a adesão aos protocolos institucionais e o alcance de melhores desfechos clínicos. Investir em treinamento contínuo, comunicação interdisciplinar e monitoramento de indicadores fortalece a integração da enfermagem como protagonista na gestão do sangue do paciente.