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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S665-S666 (Outubro 2022)
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O IMPACTO DA PANDEMIA COVID-19 NA MANUTENÇÃO DO ESTOQUE DE SANGUE EM UM HEMOCENTRO NO CEARÁ
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MIA Oliveira, CMF Lima, LMB Carlos, VC Pereira, DM Brunetta, NML Oliveira, JBF Oliveira
Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará (HEMOCE), Fortaleza, CE, Brasil
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Introdução

A doação de sangue é um ato voluntário e altruísta, necessária para a manutenção de estoque mínimo de segurança de hemocomponentes destinados ao suporte de pacientes clínicos e cirúrgicos. Durante o auge da pandemia do COVID-19, as doações de sangue e hemocomponentes diminuíram consideravelmente em todo o Brasil. Nesse cenário, foi necessário utilizar o plano nacional de contingência, pois alguns estados não conseguiram manter o estoque mínimo, como preconizado pelo Ministério da Saúde (MS), definido como o número de Concentrados de Hemácias (CH) necessários para manter o atendimento transfusional por 3 dias. Uma plataforma do MS, chamada Hemovida, é utilizada para o gerenciamento do estoque na hemorrede nacional. A partir das informações de estoque enviadas diariamente por todos os hemocentros, é possível realizar a transferência de hemocomponentes em situações de emergência.

Objetivos

O objetivo deste trabalho é descrever como o Centro de Hematologia e Hemoterapia do Ceará – HEMOCE manteve seu estoque seguro e como contribuiu no remanejamento de hemocomponentes dentro do Brasil no auge da pandemia da COVID-19. Material e método Trata-se do relato das ações do HEMOCE nos anos de 2020 e 2021.

Resultados

Com algumas estratégias criadas pelo hemocentro coordenador, o estado do Ceará não sofreu um grande impacto, apesar de ter sido um dos primeiros estados a decretar lockdown, visto a utilização do gerenciamento de estoque na hemorrede estadual. Como a capital foi a primeira cidade atingida pela pandemia, os hemocentros regionais, como Crato, Quixadá, Iguatu e Sobral, conseguiram manter um bom número de doações e suprir toda a necessidade do estado. Quando o pico da pandemia chegou no interior do estado o hemocentro coordenador já havia preparado VÁRIAS estratégias: a) Promoção da segurança ao doador, com coletas por agendamento; disponibilização de álcool e máscaras, demarcação de cadeiras para adequado distanciamento; b) Promoção da captação: uso do aplicativo Whatsapp®, intensificação de ligações telefônicas, criação do portal do doador, estabelecimento de novas parcerias para coletas externas; c) Otimização da produção e da distribuição de hemocomponentes: coleta por aférese no interior do estado; centralização da produção em três hemocentros; redistribuição de hemocomponentes na hemorrede, intensificação das ações de gerenciamento de sangue do paciente e uso racional de hemocomponentes, controle da liberação de concentrado de plaquetas, com avaliação obrigatória de hemoterapeuta; intensificação dos contatos com médicos prescritores. Essas ações permitiram manter o estoque de no mínimo de 6 dias. Discussão e conclusões Dessa forma, o HEMOCE conseguiu remanejar CH para outros estados, que se encontravam em situação de emergência, como Paraná, São Paulo e Minas Gerais, com o apoio do MS. Ao total, foram 3225 CH remanejados por todo o país, sendo 1118 (35%) provenientes do HEMOCE.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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