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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S957 (Outubro 2023)
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O BLINATUMOMABE ADICIONADO À QUIMIOTERAPIA NO TRATAMENTO DA LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA INFANTIL COM REARRANJO DO GENE KMT2A: UMA REVISÃO DE LITERATURA
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CASA Dalvaa, JVA Duartea, IA Marquesa, LLGD Amarala, MEP Scipiãoa, ANM Pereiraa, RS Mendesa, IA Duartea, FBD Filhoa, FB Duarteb
a Faculdade CHRISTUS, Fortaleza, CE, Brasil
b Universidade Federal do Ceará (UFC), Fortaleza, CE, Brasil
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Introdução

A leucemia linfoide aguda (LLA) é a neoplasia maligna mais frequente entre as crianças e é caracterizada pela alteração do crescimento e da proliferação das células linfoides na medula óssea, tendo menor sobrevida e prognóstico, aqueles que apresentam rearranjo do gene KMT2A. Em um ensaio clínico, o interfant-06, foi avaliada uma terapia de intensificação de quimioterapia da leucemia linfoblástica aguda em lactentes, para redução de recaída da doença. O tratamento principal para LLA é a poliquimioterapia e/ou transplante de células-tronco hematopoiéticas. É importante ressaltar que eles apresentam efeitos adversos severos. Recentemente iniciou-se o estudo acerca do blinatumomabe, um anticorpo biespecífico, que age recrutando e ativando células T que irão quebrar células B que expressam o antígeno CD19. Seu potencial tem sido comprovado em diversos estudos, onde provou ser muito eficaz em grupos específicos, como crianças com LLA de células B refratária.

Métodos

Trata-se de uma revisão de literatura, utilizando as bases MEDLINE e EMBASE com os descritores “Blinatumomab”, “acute lymphoblastic leukemia”, “infants” e “KMT2A”, com a análise de 7 artigos tendo como critérios de inclusão trabalhos publicados a partir de 2012 e até 2023 em inglês.

Discussão

O blinatumomabe é uma molécula bispecífica de cadeia única com ação de se ligar às células B CD19+ (malignas) às células T CD3+, o que leva à ativação das células T e a uma resposta citotóxica contra as células B CD19+. Na LLA infantil, as células leucêmicas apresentam uma linhagem B imatura que expressam o CD19+. Um recente ensaio clínico randomizado de fase 2, adicionou a Blinatumomabe à terapia utilizada no interfant-06 em lactentes com LLA rearranjada por KMT2A recém-diagnosticada. O uso da medicação se mostrou segura além de se observar uma elevada atividade antileucêmica em comparação com o protocolo interfant-06, como refletido por boas respostas em relação à MRD (minimal residual disease) e uma melhora na sobrevida de curto prazo. A sobrevida livre da doença em dois anos foi de 81,6% em comparação com 49,4% no ensaio interfant-06. A sobrevida global foi de 93,3%. A incidência de toxicidades hematológicas, incluindo neutropenia febril, foi menor no grupo do blinatumomabe do que no grupo de quimioterapia de consolidação, certificando uma maior seguridade. Outro ensaio clínico randomizado de fase 3 em que foi comparado a associação de blinatumomabe com o protocolo IntReALL HR 2010, resultou em uma redução do MRD em 90% dos pacientes suce em uma melhora na sobrevida livre de eventos em uma mediana de 22,4 meses de acompanhamento.

Conclusão

A atividade das células T engajadas com o anticorpo se transpôs em respostas clínicas certificadas em malignidades de células B CD19+. Ressalta-se que o antígeno CD19 está presente em todos os estágios da LLA e é considerado o alvo mais confiável para o tratamento. Portanto, blinatumomabe adicionado à quimioterapia pareceu ser seguro e apresentou um alto nível de eficácia em bebês com LLA recém-diagnosticada com rearranjo do gene KMT2A.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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