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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1083-S1084 (outubro 2024)
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NOVA TERAPIA PARA LEUCEMIA LINFOBLÁSTICA AGUDA: UMA ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE IMUNOTERAPIAS
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GG Terra, GB Giardini, LD Calderan, M Martines, DJVDS Bianchi
Centro Universitário São Camilo (CUSC), São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Objetivos

Realizar uma comparação entre a eficácia terapêutica do Tercartus, que tem sido uma descoberta para o tratamento de Leucemia Linfoblástica Aguda (LLA) em contrapartida com a já utilizada terapia com Mesilato de Imatinibe.

Metodologia

Revisão de literatura realizada em junho de 2024, utilizando as plataformas Pubmed e Clinical Trials. Foi adotado como filtro, publicações de 2020 a 2024. Dessas, foram utilizados 10 artigos, que atendiam aos critérios de serem disponíveis gratuitamente na íntegra e publicados em inglês.

Resultados

Atualmente, há em andamento 8 estudos clínicos no Clinical Trials e 23 artigos no PubMed sobre os efeitos do Tercartus em pacientes adultos com LLA do tipo B recidiva ou refratária. Em um estudo realizado com 55 pacientes, foram acompanhados por 26,8 meses e observado uma taxa de remissão completa (RC) de 56% e quando a RC associado a recuperação hematológica incompleta foi obtido uma taxa de 71%. Houve uma resposta por parte dos pacientes para o Tecartus independente da idade ou porcentagem de blastos, porém quando analisado pacientes com números maiores que 75% de blastos não houve essa resposta. Quando analisados os eventos adversos, não ocorreu nenhum de grau severo, como a síndrome de liberação de citocinas. Assim, é possível se analisar que a imunoterapia fornece um benefício de sobrevivência clinicamente significativo com toxicidade gerenciável.

Discussão

No final de 2023, a ANVISA aprovou o Tecartus, seu princípio ativo é o Brexucabtagene autoleucel e promove a morte de células que expressam o CD19 (células B neoplásicas), a partir da ativação e proliferação de células T e a secreção de interleucinas, com o intuito de levar a morte da célula. Entre as neoplasias que visam tratar, destaca-se a LLA de células B precursoras recidivante ou refratária. Por mais que já existam terapias disponíveis no mercado que vêm sendo utilizadas para o tratamento dessa neoplasia, como o Imatinibe, o Tecartus vem buscando se mostrar promissor para ser um novo medicamento para o tratamento da LLA. Em comparação com o tratamento com Imatinibe, que é um inibidor da atividade de proteína tirosina quinase do gene de fusão BCR-ABL da LLA, foi observado em estudos que para obter melhores taxas de sucesso e entrar em remissão e posteriormente impedir uma recidiva, deve-se fazer a associação dele com quimioterapia agressiva. Foi observado também uma grande quantidade de reações adversas, como dor abdominal e hemorragia gastrointestinal. Entretanto, os benefícios foram muitos, cerca de 62% dos pacientes mostraram aumento na taxa de remissão clínica completa. A terapia com Tecartus, no geral, tem se mostrado bastante eficaz, porém a taxa de RC foi menor quando comparado ao uso de Imatinibe. Com isso, sugere-se que o Imatinibe traz maiores benefícios em relação ao novo tratamento, apesar de possuir um tratamento a longo prazo, devido sua administração via oral, enquanto para o Tecartus é necessário uma única infusão e é necessário a associação com quimioterapia.

Conclusão

Apesar de ter apresentado menor taxa de RC ao Imatinibe, o Tecartus é uma terapia promissora que faz aumentar a sobrevida global mediana e promove uma RC da neoplasia em parte dos pacientes, mesmo sendo necessário realizar quimioterapia concomitante à infusão.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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