HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosO mieloma múltiplo é um câncer que atinge os plasmócitos, célula da medula óssea, que é responsável pela defesa do organismo contra os microrganismos. No mieloma múltiplo, observa-se uma proliferação clonal de plasmócitos anômalos, os quais se acumulam na medula óssea e interferem na hematopoese normal, resultando frequentemente em anemia e maior susceptibilidade a infecções. Esses plasmócitos neoplásicos produzem uma imunoglobulina monoclonal, denominada proteína M, que pode ser identificada no soro e na urina dos pacientes. Ademais, o envolvimento do esqueleto é frequente, caracterizando-se por dor óssea, lesões osteolíticas e fraturas patológicas. O tratamento do mieloma múltiplo envolve uma abordagem multimodal, que pode incluir imunoterapia, inibidores de proteassoma, agentes imunomoduladores, quimioterapia, radioterapia e transplante de células-tronco hematopoéticas. Evidências recentes sugerem que a intervenção precoce em pacientes com mieloma múltiplo assintomático de alto risco pode retardar a progressão para a forma ativa da doença e, potencialmente, melhorar os desfechos terapêuticos, incluindo o aumento das taxas de resposta e sobrevida.
ObjetivosAnalisar os benefícios dos tratamentos do mieloma múltiplo, bem como discorrer sobre as vantagens e/ou desvantagens frente a terapias convencionais.
Material e métodosLevantamento bibliográfico de artigos científicos publicados no PubMed e Lilacs em português e inglês.
ResultadosForam observados avanços significativos com novas terapias, incluindo anticorpos monoclonais como daratumumabe e elotuzumabe, inibidores de RNA polimerase I e abordagens guiadas por biomarcadores, que demonstraram maior taxa de resposta, melhor controle da doença e aumento da sobrevida livre de progressão em relação aos tratamentos convencionais. Apesar desses resultados promissores, registraram-se efeitos adversos importantes, como toxicidade hematológica e risco infeccioso, além de desafios importantes relacionados a custos e disponibilidade.
Discussão e conclusãoO avanço das técnicas de diagnóstico torna-se tão essencial quanto o avanço dos tratamentos com a neoplasia em questão, vez que quanto mais precoce iniciam-se os cuidados com o paciente, menos efeitos colaterais são relatados. Assim, tratamentos envolvendo anticorpos monoclonais mostraram-se como os mais modernos e eficazes da atualidade de forma que apesar de efeitos colaterais serem sentidos, podem ser reduzidos caso o rastreio seja feito mais rapidamente. Desse modo, os biomarcadores são extremamente importantes tanto para rastreio quanto para o acompanhamento do caso. Tratamentos com quimioterapia mostram-se com mais efeitos colaterais, principalmente referentes ao bem-estar nutricional de pacientes, principalmente aos de idade mais avançada. Enquanto isso, tratamentos com células-tronco possuem bom prognóstico aos pacientes porém possuem maior dificuldade na realização devido à limitações financeiras e tecnológicas em determinados centros de saúde. Dessa forma, a detecção precoce, por meio de diagnóstico sensível e individualização terapêutica, é essencial para otimizar os desfechos clínicos. Além de ser necessário uma análise dos efeitos adversos a cada caso, com o auxílio de uma abordagem multidisciplinar visando proporcionar o maior bem estar ao paciente.




