Objetivos: O plasma de doadores convalescentes ao COVID-19 (CCP) tem sido aplicado como terapia a casos graves desta doença. A redução de patógenos (PR) pode ser aplicada para mitigar o risco de doenças transmissíveis por transfusões. Investigamos o impacto do tratamento de unidades de CCP tratadas com A/UVA quanto aos títulos de nAbs e anti-NP (IgM, IgG and IgA). Materiais e métodos: Unidades de CCP foram colhidas por plasmaférese (600 mL) a partir de uma coorte de doadores masculinos convalescentes ao COVID-19 (com forma leve ou moderada), préviamente confirmados por teste RT-PCR positivo [+vo]; todos eram doadores de primeira vez, voluntários, com > 14 dias após total resolução dos sintomas. As unidades CCP foram tratadas com o Sistema INTERCEPT (Cerus Corporation, Concord, EUA), de acordo com as recomendações do fabricante, seja individualmente, ou em pools de duas unidades de 600 mL cada. Após o tratamento, as unidades foram divididas em doses de 200 mL. Amostras pré e pós tratmento foram armazenadas a 4°C por 3–5 dias até a realização de testes para nAb (títulos), utilizando o testes de neutralização viral (CPE – GenBank: MT MT350282) e para anticorpos específicos IgM, IgG eIgA anti-NP (ELISA). Resultados: Foram tratadas 16 unidades individuais e 94 em pool (n =110 CCP doações), resultando em 330×200 mL doses terapêuticas. Não se observou nenhuma diferença estatística na média e desvio padrão das unidades individuais antes ou após tratamento nos títulos de nAb (440±597; mediana=320), ou nas absorbâncias de IgM (0.3±0.4), IgG (2.9±1.1) ou IgA (0.4±0.2). Para os pools, os títulos de nAb da unidade 1, 2 e pós tratamento foram, respectivamente 563±648, 767±1550 e 531±640 (mediana=320), com absorbâncias para IgM de 0.2±0.1, 0.2±0.2 e 0.2±0.2, IgG de 2.4±1.3, 2.3±1.1 e 2.3±1.2, e IgA de 0.5±0.7, 0.5±0.7 e 0.5±0.8. Todos os resultados apresentaram um valor de p>0.05 (teste de Wilcoxon). Conclusão: Anti-NP IgM, IgG, IgA e nAbs não sofreram impacto adverso pelo tratamento A/UVA, sugerindo que esta tecnologia de PR pode ser utilizada para mitigar o risco de infecções transmitidas por transfusões em unidades CCP, que são, geralmente, provenientes de doadores de primeira vez. Além disto, a maioria destas unidades destina-se a pacientes idosos, imunossuprimidos ou com várias comorbidades. Portanto, o uso de tratamento A/UVA PR é não apenas seguro como recomendado, pois preserva os mesmos níveis de anticorpos anti-SARS-CoV-2 em unidades CCP.
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