Introdução: A macroglobulinemia de Waldenstrom é uma patologia rara, linfoproliferativa monoclonal de linfócitos B, caracterizada pela produção monoclonal de IgM em níveis elevados no soro, associada à identificação de populações celulares com características de linfoma linfoplasmocítico na medula óssea. Mais comum em idosos, pode manifestar clinicamente, astenia, perda de peso, fadiga, sangramento do trato gastrointestinal e de mucosas, linfonodomegalias, alterações neurológicas e hepatoesplenomegalia. Caso clínico: Paciente mulher, K. E. M., de 86 anos, caucasiana, residente do interior do Paraná, com diagnóstico prévio de anemia por deficiência de ferro. No dia 17/03/2020 foi admitida no PS (Pronto Socorro) do HUOP (Hospital Universitário do Oeste do Paraná), paciente alegou que há 10 anos iniciou quadro de fraqueza e dispneia. Realizava tentativa terapêutica com ácido fólico e sulfato ferroso. Alegou apetite reduzido há algum tempo, apresentando perda ponderal não intencional de 17 Kg nos últimos 6 meses, estava com 48 Kg. No hemograma inicial constatou-se hemoglobina de 3,6 g/dL, leucócitos 11.110 mm3 e plaquetas 227.110 mm3. Sendo após transfundido 2 concentrados de hemácias. No dia 20/03/2020 no exame de colonoscopia foi laudado diagnóstico de melanose de cólon. E na endoscopia digestiva alta verificou-se hérnia hiatal pequena e pangastrite atrófica leve. Devido a linfocitose mantida desde a admissão, além da anemia normocítica hipoproliferativa, o hematologista suspeitava de LLC (Leucemia Linfoide Crônica) ou de possível gamopatia monoclonal,. A paciente foi então transferida para a UOPECCAN (Hospital do Câncer de Cascavel) para tentativa de definição de diagnóstico. No dia 30/06/2020 a paciente retornou ao HUOP, relatando quadro de prostração, astenia, adinamia de início há 20 dias, com associação com tosse seca e negou febre. Relatou que no dia anterior teve piora do quadro, com rebaixamento do nível de consciência e intensa prostração, sendo internada com suspeita de COVID-19 por estar hipossaturando. Na triagem paciente relatou que fazia acompanhamento na UOPECCAN pois foi diagnosticada com macroglobulinemia de Waldestrom. Foram coletados exames e constatado que ela estava com anemia severa, com hemoglobina de 2,4 g/dL, leucócitos 28.500 mm3 e plaquetas 109.000 mm3. Sendo transfundido então 2 concentrados de hemácias. Foi realizado coleta de swab para PCR para COVID-19 e logo admitida na ala COVID-19 do HUOP. No dia seguinte a hemoglobina aumentou para 6,7 g/dL, leucócitos diminuíram para 26,670 mm3. Foi realizado a dosagem de IgM que resultou em 1.163,28 mg/dL e de ferritina 4.306,5 ng/mL. No dia 02/07/2020 apresentou plaquetopenia de 64,800 mm3. Foi realizado o pedido de solicitação de transferência para a UOPECCAN devido à falta de recurso do hospital, por motivo do CID: C88.0. No dia 04/07/2020 a paciente estava dispneica, com O2 em cateter nasal. Arresponsiva, emagrecida, desidratada e com evacuação ausente. No exame hematológico hemoglobina de 7,7 g/dL, leucócitos 26.500 mm3 e plaquetas 80.000 mm3. O resultado para RT-PCR SARS-CoV2 foi não detectável. No dia seguinte, às 6h da manhã constatou-se que a paciente evoluiu à óbito e devido a mesma ser suspeita de COVID-19, foi seguido protocolo de cuidados e coletado nova amostra de swab PCR para COVID-19. Até o momento não se obteve o resultado do exame do material coletado após o óbito.
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