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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 635
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LINFOMAS CUTÂNEOS DE CÉLULAS T DE ALTO RISCO: O PAPEL DO TRANSPLANTE ALOGÊNICO DE CÉLULAS-TRONCO COMO ESTRATÉGIA DE RESGATE TERAPÊUTICO
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LMP Alvesa, IL Santosb, GFP Gomesc, PRC Utscha
a Centro Universitário Presidente Antônio Carlos (UNIPAC), Juiz de Fora, MG, Brasil
b Faculdade de Ciências Médicas e da Saúde de Juiz de Fora (SUPREMA), Juiz de Fora, MG, Brasil
c Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Juiz de Fora, MG, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Linfomas Cutâneos de Células T (LCCT) são neoplasias não Hodgkin pouco incidentes, marcados pelo acúmulo de células T na pele. A Micose Fungóide (MF) e a Síndrome de Sezary (SS) são subtipos caracterizados por lesões como placas, manchas e tumores, além de eritrodermia, podendo haver acometimento sistêmico de sangue e linfonodos. Podem ser classificados quanto ao estágio clínico pelo sistema TNM ou de I a IVB, sendo este último a forma mais grave. O Transplante de Células-Tronco Hematopoiéticas Alogênico (Alo-TCTH) se apresenta como terapia alternativa para tratamento de LCCT em estágios avançados ou refratários.

Objetivos

Analisar, através de revisão da literatura, a estratégia de utilização da terapia de Alo-TCTH nos LCCT avançados.

Material e métodos

Trata-se de uma revisão narrativa, com pesquisa nas bases de dados PubMed e LILACS, de trabalhos publicados nos últimos 5 anos. Foram utilizados os descritores “Cutaneous T cell lymphomas”, “Allogeneic stem cell transplant” e “therapy”. Incluídos estudos na íntegra, ensaios clínicos, relatos de caso, meta-análises e revisões de acordo com o tema do estudo. Os critérios de exclusão foram artigos não disponíveis gratuitamente, língua diversa do inglês, estudos em animais e com tema divergente da proposta.

Discussão e conclusão

Dezenove artigos foram identificados e, após triagem, 6 foram selecionados. Os LCCT com diagnóstico precoce podem ser tratados com imunoterapia, radioterapia, quimioterapia, fototerapia e entre outros, porém, em estágios mais avançados ou refratários da doença, o Alo-TCTH se mostra uma opção plausível, tendo em vista ser o único tratamento curativo. Pacientes nos estágios IIB a IV que respondem à quimioterapia de resgate podem ser elegíveis ao transplante, com possibilidade de remissão e sobrevida livre de progressão de 26% em 5 anos. O Alo-TCTH é feito com regimes de condicionamento de intensidade reduzida e células-tronco do sangue periférico. Recidivas podem ser tratadas com terapias como feixe de elétrons de pele total, que é uma importante estratégia preparatória em MF e SS. Entretanto, é fundamental considerar o aumento da morbimortalidade associado às potenciais complicações do Alo-TCTH, como a Doença do Enxerto Contra o Hospedeiro e a recidiva do LCCT após o transplante. Apesar dos riscos, o Alo-TCTH representa uma alternativa terapêutica relevante para estágios avançados ou refratários do LCCT, principalmente por ser, até o momento, a única abordagem potencialmente curativa. Sua indicação deve ser individualizada, considerando-se o estado clínico do paciente e a resposta prévia ao tratamento. Novos estudos mais amplos com maior tempo de follow-up são necessários para refinar os critérios de elegibilidade e otimizar os resultados clínicos dessa intervenção promissora.

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Referências:

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Latzka J, Quaglino P, Stadler R, Bagot M, Ortiz-Romero PL, Dummer R, et al. EORTC consensus recommendations for the treatment of mycosis fungoides/Sézary syndrome – update 2023. Eur J Cancer. 2023;195:113343. doi:10.1016/j.ejca.2023.113343.

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Stranzenbach R. How do we treat cutaneous T-cell lymphoma? Ital J Dermatol Venereol. 2021;156(5):–. doi:10.23736/S2784-8671.21.07268-0.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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