Objetivo: Relatar o caso de paciente idoso com linfoma não Hodgkin (LNH) B folicular extranodal do tipo indolente, com remissão completa após tratamento com imunoterapia. Material e métodos: Paciente masculino, 81 anos, encaminhado com histórico de biópsia de nodulação em região torácica direita há 1 ano. A imuno-histoquímica (IHQ) havia revelado linfoma folicular grau II, CD20 + e KI-67 de 30%. Foi classificado em EC IVA e FLIPI 2 (intermediário), mas paciente não deu segmento. Há 3 meses da consulta voltou a notar crescimento e dor na lesão. Ao exame físico apresentava lesão em mama direita com cerca de 5 cm palpável. Não apresentava casos de neoplasia na família, era fumante há 68 anos, hipertenso e portador de artrite reumatoide. Dentre os exames complementares solicitados, o PET-CT apontou lesão sólida subcutânea hipermetabólica na região mamária direita medindo 5,1 x 4,5 x 2,5 cm (SUV = 6,6) e linfonodos inguinais hipermetabólicos à direita, medindo até 1,6 cm (SUV = 6). Paciente idoso, sem status performance para quimioterapia intensiva, com indicação de tratamento devido a sintomas local, além de lesão superficial hiperemiada, sob risco de ulceração. Por não se tratar de lesão única, pois havia linfonodos inguinais captantes em PET-CT, foi optado por tratamento sistêmico com anticorpo monoclonal (anti-CD20) em monoterapia, rituximabe 375 mg/m2, uma vez por semana, durante quatro semanas. Resultados: Paciente com linfoma indolente, acometimento extranodal, idoso e sem status performance para receber quimioterapia intensiva. Tratamento indicado pela sintomatologia local. Optamos por imunoterapia e após quatro aplicações, PET-CT evidenciou remissão completa. Optado então, por seguir com manutenção com rituximabe a cada dois meses no total de 12 aplicações. Paciente segue em manutenção, sem complicações relacionadas a terapêutica e em remissão completa da doença. Discussão: Os linfomas constituem um grupo de neoplasias originárias do tecido linfoide. Este linfoma é do tipo folicular. O LNH B folicular é o segundo mais comum desta categoria. É derivado dos linfócitos B dos centros germinativos, que já tiveram contato antigênico e encontram-se em fase de transformação. Pode ser classificado em indolente ou agressivo. Quando o linfoma folicular é considerado indolente, muitas vezes não é necessário tratamento imediato, podendo ser apenas acompanhado; é indicado tratamento em situações que causem sintomatologia ou com alta carga tumoral. O tratamento ainda não é completamente consolidado sobre quais são as melhores opções nestes casos. Quando classificado em agressivo, preconiza-se tratamento semelhante ao linfoma não Hodgkin difuso de grandes células B. Conclusão: Trata-se de um paciente idoso com diagnóstico de LNH folicular indolente, com indicação de tratamento após um ano e três meses do diagnóstico por sintomatologia local. Foi classificado com EC IVA e FLIPI 2. Submetido à imunoterapia devido a idade e status performance, atingindo remissão completa da doença. Segue em manutenção com a mesma medicação, recebendo uma aplicação a cada dois meses.
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