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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S267-S268 (outubro 2024)
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LINFOMA DE CÉLULAS T CUTÂNEAS E PERIFÉRICAS NO BRASIL: ASPECTOS EPIDEMIOLÓGICOS
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321
MM Mantovani, CH Martins, LT Garcia, GG Bello, EMG Leão, GGP Cunha, DY Kishimoto, VA Bastos, CM Duarte, L Niero-Melo
Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Introdução

Linfomas são neoplasias linfoides, com dois subtipos, Linfoma Hodgkin (LH) e Linfoma não-Hodgkin (LNH), sendo um dos aspectos que os distingue é o tipo de disseminação (LH por contiguidade; LNH de forma multicêntrica). Dentre os LNH, o de subtipo de células T cutâneas e periféricas (LNH-CTCP) apresenta taxas de sobrevida baixas. O conhecimento dos mecanismos etiopatogênicos e de apresentação clínica destes diferentes subtipos são fundamentais para o desenvolvimento de terapêuticas pertinentes. O estabelecimento de perfil epidemiológico permitiria identificar a parcela da população mais acometida e suscetível à doença, por fornecer subsídios para mais efetiva abordagem médica.

Objetivo

Este trabalho objetivou avaliar, através da base de dados provenientes do Atlas de Mortalidade por Câncer do Instituto Nacional de Câncer (INCA), e pela literatura pertinente, a epidemiologia de pacientes diagnosticados com Linfomas de Células T cutâneas e periféricas.

Metodologia

O presente estudo é de caráter retrospectivo descritivo e configura-se em função de uma abordagem quantitativa, embasada por análise de dados digitais. Os registros adotados sobre a mortalidade do CTCL e PTCL foram coletados do Atlas de Mortalidade por Câncer - Instituto Nacional de Câncer (INCA), considerando-se os dados atualizados no período de 1979 a 2022. Os dados levantados e utilizados no presente trabalho são de domínio público e encontram-se disponíveis no seguinte endereço eletrônico: www.inca.gov.br, sendo dispensado o parecer do Comitê de Ética em Pesquisa com seres humanos. Os dados foram analisados utilizando o software Google Planilhas. Para avaliação da mortalidade causada pelos CTCL e PTCL, os dados foram agrupados conforme a Classificação Internacional de Doenças, 10ª Revisão (CID-C84). Inicialmente, foram selecionados os CIDs de interesse no Atlas de Mortalidade por Câncer (Modelos 1, 2 e 10). Após a seleção da topografia, admitiu-se para estudo da análise das frequências de mortalidade a contabilização dos números absolutos de óbitos por ano, bem como sua distribuição por faixa etária.

Resultados e discussão

A maioria dos pacientes era do sexo masculino (57,73%), com faixa etária mais acometida aos 60-69 anos. Desde 1979, a porcentagem de óbitos por LNH-CTCP com relação ao total de mortes por neoplasias aumentou 500%, de 0,02% (0,02% homens, 0,02% mulheres) para 0,12% (0,13% homens, 0,11% mulheres).

Perfil médio

O perfil médio dos pacientes que evoluíram a óbito por LNH-CTCP foi de homem de aproximadamente 58 anos.

Análise

Entre 1979 e 1998, não houve um aumento significativo na porcentagem (0,04% para 0,06%). O aumento passou a ser maior a partir de 1999-2003, com variação de 0,06% para 0,11%. A partir deste ano acima, as medições sofreram variações quase lineares, aumentando em média 0,03% a cada intervalo de medição, evidenciando a necessidade de tratamentos mais eficazes, uma vez que o aumento da porcentagem de casos aponta para doença mais grave, demandando intervenção para impedir que isto continue ocorrendo.

Conclusão

Estudos que demonstrem e tragam conhecimento pela população afetada pela doença, bem como permitam identificar fatores de risco associados para o desenvolvimento de terapias futuras, são de fundamental importância. Além disso, estabelecer o impacto na sobrevida dos pacientes, tendo em vista os avanços das terapias em uso, bem como a boa qualidade de vida dos pacientes, é objetivo primordial na Medicina.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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