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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S371-S372 (Outubro 2023)
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LINFOMA DE BURKITT E A BUSCA POR UMA NOVA TERAPIA: PACIENTES RECIDIVADOS E/OU REFRATÁRIOS
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219
AS Rodrigues, PAF Oliveira
Centro Universitário São Camilo (CUSC), São Paulo, SP, Brasil
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HEMO 2023

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Introdução

O Linfoma de Burkitt (LB) é caracterizado como um linfoma Não Hodgkin de células B maduras, considerado altamente agressivo, pela intensa divisão das células cancerígenas. É geneticamente definido pela translocação e desregulação do gene c-Myc no cromossomo 8 e conhecido por apresentar três importantes variantes clínicas, endêmica, esporádica e associada a imunodeficiência. Para o tratamento oncológico, são utilizados métodos convencionais, como uso de anticorpo monoclonal, quimioterapia combinada e cirurgia, mas muitos pacientes apresentam quadros de recidiva e/ou refratariedade, devido ao envolvimento da Medula Óssea (MO) ou do Sistema Nervoso Central (SNC), sendo necessária uma terapia alternativa. Assim, a imunoterapia com células CAR-T é uma opção promissora, uma vez que apresentou ótimos resultados em pacientes com linfomas agressivos, como, a redução de complicações clínicas, melhora na qualidade de vida, entre outros.

Objetivo

Realizar um levantamento bibliográfico sobre o Linfoma de Burkitt, com o intuito de buscar uma nova terapia para pacientes que apresentam quadros de recidiva e/ou refratariedade aos tratamentos convencionais.

Metodologia

Levantamento bibliográfico, a partir de artigos publicados em português e inglês, encontrados nas bases de dados Pubmed, Scielo e UpTodate.

Resultados

Diante das variantes clínicas no LB, na forma esporádica, são encontrados pacientes com complicações recorrentes e resistentes ao tratamento, onde podem apresentar acometimento da MO em 30% dos casos e do SNC em 15%, assim como em casos relacionados a imunodeficiência. Na forma endêmica, em menos de 10% ocorre envolvimento da MO. Faz-se necessário explorar uma terapia inovadora, com o objetivo de proporcionar respostas efetivas e duradouras aos pacientes. Pensando nisso, nos Estados Unidos foi realizado um estudo, CHP959, com 62 pacientes diagnosticados com leucemias ou linfomas de células B recidivado e/ou refratário. Todos receberam infusão com células CART-19; 25,8% obtiveram remissão completa, enquanto 61,3% apresentaram remissão parcial, com recuperação dos parâmetros hematológicos. No estudo UPCC, 39 participantes receberam infusão de células CART-19, e 61,5% alcançaram resposta completa. Portanto, apesar de poucos estudos concluídos e muitos ainda em andamento, vale a pena compreender o quanto essa nova terapia tem apresentado resultados significantes.

Discussão

Atualmente, a imunoterapia com células CAR-T é um dos tratamentos mais avançados para as neoplasias. Aprovada pela Food and Drug Administration (FDA), possui intervenção única e remissões perduráveis devido a capacidade de eliminar células neoplásicas de forma eficiente. Em contrapartida, traz efeitos colaterais como a síndrome de liberação de citocinas, morte de células B em quantidade, e outros. Diante disso, esses efeitos ainda estão em estudo para maior segurança e conforto ao paciente.

Conclusão

Ainda que os efeitos colaterais sejam desagradáveis, a imunoterapia com células CAR-T tem se demonstrado eficaz em algumas neoplasias hematológicas linfoides, apresentando melhora nos sinais e sintomas. Para o LB, apesar da terapia ainda ser nova e pouco explorada, os resultados até então obtidos mostram seu potencial sucesso e eficácia em um futuro próximo para esses pacientes.

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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