HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
Mais dadosA hemoterapia exige alta complexidade técnica e impacta diretamente a segurança do paciente, tornando fundamental a atuação de lideranças técnicas qualificadas. Essas lideranças devem assegurar conformidade normativa, qualidade assistencial e eficiência dos fluxos transfusionais, integrando competências científicas, gerenciais, comportamentais e éticas. No Brasil, há escassez de estudos que abordem de forma sistemática as competências e desafios específicos dessa função, o que reforça a relevância deste trabalho. Ao preencher essa lacuna, a pesquisa busca oferecer subsídios aplicáveis não apenas ao Grupo GSH, mas também a outros serviços transfusionais em âmbito nacional.
ObjetivosIdentificar os principais desafios enfrentados por líderes técnicos em hemoterapia e mapear as competências consideradas essenciais para alcançar a excelência nos serviços transfusionais.
Material e métodosETrata-se de um estudo exploratório baseado em revisão narrativa da literatura e análise prática de unidades hemoterápicas de médio e grande porte no Brasil. Está prevista a realização de entrevistas semiestruturadas com cinco líderes técnicos do Grupo GSH, atuantes em diferentes regiões do país. A análise qualitativa dos dados será realizada por meio da técnica de análise de conteúdo temático, conforme Bardin.
ResultadosDOs dados iniciais indicam que os principais desafios enfrentados pelos líderes técnicos são a escassez de profissionais especializados, a alta rotatividade de equipe, a baixa adesão a protocolos, a pressão por desempenho e a necessidade constante de atualização normativa e tecnológica. As competências mais destacadas pelos participantes incluem domínio técnico-científico, comunicação assertiva, tomada de decisão sob pressão, gestão de pessoas e recursos, estímulo à cultura de segurança transfusional e resposta proativa às não conformidades.
DiscussãoA liderança técnica em hemoterapia apresenta um caráter multifacetado, exigindo habilidades que ultrapassam o conhecimento técnico e abrangem liderança de equipes, gestão de crises, implementação de protocolos e promoção da segurança do paciente. A ausência de dados consolidados sobre o tema no Brasil reforça o caráter inovador desta pesquisa. Os resultados têm potencial para guiar o desenvolvimento de lideranças técnicas adaptadas às diversas realidades institucionais, contribuindo para a melhoria da qualidade assistencial e segurança transfusional.
ConclusãoFortalecer a liderança técnica em hemoterapia é essencial para aprimorar os processos transfusionais e garantir a segurança do paciente. Investir em capacitação contínua, programas de desenvolvimento de competências e reconhecimento institucional pode elevar o desempenho das equipes e a qualidade dos serviços. Os achados deste estudo poderão subsidiar ações estratégicas tanto no Grupo GSH quanto em outras instituições de hemoterapia no Brasil, promovendo a excelência transfusional em âmbito nacional.




