
Levantamento do quantitativo de hemocomponentes transfundidos no Pós-operatório de pacientes submetidos à cirurgia de grande porte e que se encontram alocados na Unidade de Terapia Intensiva de um Hospital Filantrópico de Brasília. A maior demanda de atendimento é dos pacientes que realizam acompanhamento ambulatorial na Secretaria de Saúde do Distrito Federal e que são encaminhados ao Hospital Filantrópico para realização do procedimento cirúrgico, não sendo realizado pelo hospital mencionado todo o ato pré-operatório.
ObjetivoAvaliar o quantitativo transfusional de hemocomponentes utilizado em pacientes submetidos à cirurgia cardíaca ou de transplante de órgãos sólidos, durante a internação na unidade de terapia intensiva de um Hospital Filantrópico de Brasília.
MétodoEstudo descritivo, quantitativo, realizado no período de julho de 2020 a julho de 2021.
ResultadosObservamos a partir dos resultados obtidos que o quantitativo de cirurgias não é regular, principalmente em virtude da pandemia, o que interfere na quantidade de hemocomponentes transfundidos. Entretanto os resultados obtidos demonstraram um aumento significativo de transfusões nos períodos de abril a julho/2021. Os hemocomponentes transfundidos em abril que houve maior destaque foi o criopreciptado que correspondeu a 48% das transfusões, ultrapassando inclusive as transfusões de hemácias que foram 33%.
ConclusãoA transfusão de hemocomponentes trata-se de um procedimento clinico essencial para corrigir deficiências no transporte de oxigênio e hemostasia, a partir de perdas agudas ou crônicas de sangue e/ou alterações na produção de hemácias, plaquetas ou proteínas da coagulação sanguínea. Sua indicação deve ser feita a partir da avaliação clínica do paciente, buscando a identificação de sinais e sintomas que apontem para repercussões clínicas significativa da deficiência que se deseja corrigir, e, não apenas, o tratamento de alterações laboratoriais. As transfusões são uma prática frequente em unidades de terapia intensiva, principalmente no pós-operatório de cirurgias de grande porte. A transfusão indicada por meio de indicação precisa e respeitando todas as normais técnicas preconizadas pode ajudar a salvar vidas e melhorar a saúde do paciente. Entretanto, o uso de hemocomponentes em hospitais de alta complexidade é elevada, sendo necessário controle e racionalização da sua utilização, dada sua escassez, alto custo e assim como outras intervenções terapêuticas, sempre há um risco potencial de reações transfusionais imediatas ou tardias. Não podendo também ser descartado o risco de transmissão de doenças infecciosas entre outras complicações clinicas.