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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S367 (Outubro 2021)
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LEVANTAMENTO DE HEMOCULTURAS POSITIVAS OBSERVADAS ENTRE OS ANOS DE 2015 Á 2020 NOS TESTES DE CONTROLE DE QUALIDADE REALIZADOS NA COLSAN – ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DE COLETA DE SANGUE
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LAS Nani, TG Sacramento, CP Melo, CB Costa, AJP Cortez, CP Arnoni, F Latini
Associação Beneficente de Coleta de Sangue (Colsan), São Paulo, SP, Brasil
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Introdução

A contaminação bacteriana é dentre os riscos de infecção dos produtos sanguíneos (Hemocomponentes) o de maior prevalência observada, podendo ser até 1000 vezes maior que o risco de infecção viral. Na literatura é possível verificar diversos estudos de prevalência microbiológica em Hemocomponentes, variando de níveis entre 0,03%–2,2%, sendo em média um Concentrado de Plaquetas contaminado a cada duas mil unidades produzidas. O risco de sepse associado a transfusões de Hemocomponentes contaminados é de extrema relevância, podendo ser em muitos casos fatais devido ao quadro de saúde já debilitado dos pacientes, assim microorganismos considerados oportunistas podem apresentar relevância clínica. Considerando a importância da verificação de presença de organismos microbiológicos nas unidades de Hemocomponentes, as hemoculturas são as principais maneiras de monitoramento desse risco, sendo que através dos resultados encontrados podem-se avaliar as diversas etapas do ciclo do sangue como assepsia correta, triagem eficaz e problemas durante manuseio das unidades transfusionais. Os dados de levantamento e análise contínua dos resultados servem como embasamento de tomada de ações e corroboram com as diversas etapas validadas para funcionamento do ciclo do sangue.

Objetivos

Avaliar e monitorar os resultados de Hemocultura positiva, nos diversos Hemocomponentes testados pelo laboratório de controle de qualidade da COLSAN – Associação Beneficente de Coleta de Sangue, realizadas dentre os anos de 2015–2020.

Metodologia

Preconizado pela legislação vigente, uma amostragem da produção de cada tipo de Hemocomponentes (Exceto Plasma Fresco Congelado e Crioprecipitados) produzidos pela COLSAN foram avaliados nos testes de hemocultura automatizada no laboratório de controle de qualidade de hemocomponentes, dentro do período dos anos de 2015–2020 sendo de 2015–2017 utilização da plataforma BACT-ALERT 3D (Biomérieux) e de 2018–2020 a utilização da plataforma BACTEC-FX (BD). Independente da plataforma utilizou-se quantidade de inóculo especificada pelo fabricante em frascos de cultura aeróbicos. As amostras com resultado positivo foram submetidas a identificação bacteriana.

Resultados

Dentro do período de avaliação 30.028 Hemocomponentes dos diversos tipos foram avaliados nos testes de hemocultura, sendo desses principalmente, 11.530 referentes aos Concentrados de Hemácias e 13.808 referentes aos Concentrados de Plaquetas. Durante este período verificamos 12 unidades positivas, sendo dessas sete relacionadas aos Concentrados de Plaquetas e cinco relacionadas aos Concentrados de Hemácias. Através da identificação bacteriana observamos 5 casos de Staphylococcus epidermidis, 3 Micrococcus luteus, 1 Staphylococcus haemolyticus, 1 Staphylococcus hominis, 1 Bacilus megaterium e 1 Escherichia coli.

Conclusão

Corroborando com os dados da literatura verificamos que a prevalência observada de positividade 0,051% (Concentrado de Plaquetas) e 0,043% (Concentrados de Hemácias) mostra-se dentro do esperado, também a proporção de 1:2000 dos concentrados de plaquetas está bem evidente quando comparados os sete positivos dentre os 13.808 avaliados. Assim pode-se dizer que os processos realizados desde a triagem, coleta e hemocultura são condizentes ao esperado de acordo com a literatura atual, não sendo potencializado por nenhuma falha de processo.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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