Compartilhar
Informação da revista
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S152 (Outubro 2022)
Compartilhar
Compartilhar
Baixar PDF
Mais opções do artigo
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S152 (Outubro 2022)
Open Access
LEUCEMIA PROMIELÓCITICA AGUDA OU NÃO: RELATO DE CASO
Visitas
474
FPS Michel, NPV Silveira, JWL Júnior, PMS Gomes, AC Fenili, FL Moreno, TB Soares, LCG Trindade, S Vidor, MEZ Capra
Hospital Nossa Senhora da Conceição (HNSC), Grupo Hospitalar Conceição (GHC), Porto Alegre, RS, Brasil
Este item recebeu

Under a Creative Commons license
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 44. Núm S2
Mais dados
Introdução

A Leucemia Promielocítica Aguda (LPA) é uma variante distinta de Leucemia Mieloide Aguda (LMA), correspondendo a 5 a 20% dos casos de todas LMA.

Relato de caso

Paciente masculino, 18 anos, sem comorbidades, procura atendimento por febre com evolução de 7 dias, associada a odinofagia, dispneia e cansaço. Relato de ter procurado atendimento anteriormente pelo mesmo quadro, sendo prescrito amoxicilina pela suspeita de amigdalite bacteriana. Hemograma da chegada demonstra uma pancitopenia com hemoglobina de 7,9, 560 leucócitos totais com diferencial de 189 neutrófilos, 50 bastões, 240 linfócitos, 70 monócitos e 10 basófilos, além de 85 mil plaquetas. Após repetição do hemograma e confirmação da pancitopenia, paciente foi internado e submetido a análise de medula óssea (MO). Medulograma evidenciou em torno de 40% de infiltração por células blásticas e promielócitos atípicos. Iniciado abordagem para LPA com ácido trans-retinóico (ATRA). No dia seguinte, resultado de imunofenotipagem (IFT) não evidencia população de células com fenótipo anômalo. Análise citogenética revela um conjunto cromossômico masculino normal, sem evidência de anormalidade clonal. Anatomopatológico (AP) de MO mostra hipercelularidade para idade (90%) às custas da série granulocítica com falha de maturação e hipoplasia eritroide. Repetido a análise de medula óssea no terceiro dia de internação com confirmação dos mesmos resultados. Realizados sorologias para hepatite B, C, citomegalovírus (CMV), Epstein-Barr e Parvovírus com resultados negativos. Descartada infecção por COVID-19 com coleta de rt-PCR. Tomografia de tórax apresenta extensas opacidades consolidativas de aspecto inflamatório no lobo inferior esquerdo e cultura de lavado broncoalveolar apresenta crescimento de Staphylococcus Aureus, sendo realizado o diagnóstico de pneumonia necrotizante. Após 48h do início de antibioterapia com Piperaciclina-Tazobactam, paciente apresenta recuperação de contagens com resolução da pancitopenia.

Discussão e conclusão

A LPA representa uma emergência médica com alta taxa de mortalidade precoce, muitas vezes por hemorragia devido a um distúrbio de coagulação característico. É fundamental iniciar o tratamento com um agente de diferenciação celular, como o ATRA, assim que houver suspeita do diagnóstico com base em critérios clínicos e citológicos, não sendo necessário aguardar a confirmação citogenética ou molecular. Entretanto, é necessário considerar no diagnóstico diferencial outras causas de pancitopenia por infiltração medular de células imaturas, sendo a infecção um diagnóstico diferencial importante.

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas