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Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S366-S367 (outubro 2024)
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LEUCEMIA MIELOIDE AGUDA: ANÁLISE IN SILICO DAS VARIANTES GENÉTICAS NO GENE ABCB1 E SUA INFLUÊNCIA NA RESISTÊNCIA A MEDICAMENTOS
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TRX Viana, RP Ratti, LT Rabi
Centro Universitário Nossa Senhora do Patrocínio (CEUNSP), Itu, SP, Brasil
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HEMO 2024

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Introdução

A leucemia mieloide aguda (LMA) é uma neoplasia hematológica agressiva que frequentemente apresenta resistência a tratamentos quimioterápicos. O gene ABCB1, que codifica a P-glicoproteína (P-gp), um transportador de membrana, desempenha um papel crucial na modulação da eficácia dos medicamentos ao remover substâncias tóxicas das células. Variantes genéticas no ABCB1 têm sido associadas a diferenças na resposta ao tratamento, impactando a resistência a medicamentos e o prognóstico dos pacientes com LMA.

Objetivos

Analisar variantes genéticas que possam influenciar a resistência a medicamentos em pacientes com LMA.

Material e métodos

Trata-se de uma análise in silico dos polimorfismos do gene ABCB1 e sua influência na resistência a medicamentos e o prognóstico dos pacientes com LMA. Para isso, foram utilizadas 13 ferramentas bioinformáticas, incluindo PredictSNP1 (que abrange PredictSNP, SIFT, PolyPhen-1, PolyPhen-2, MAPP, PhD-SNP, SNAP, PANTHER e nsSNPAnalyzer), iStable (que abrange iStable, MuPRO e I-Mutant) e DynaMut2. Essa seleção baseou-se na capacidade dessas ferramentas de prever o impacto das variações genéticas nas proteínas, possibilitando uma avaliação abrangente das consequências das alterações de aminoácidos nas proteínas.

Resultados

Quarenta e uma alterações de aminoácidos R41H - rs201459845, Y42C - rs146259092, G120E - rs28381804, A198P - rs200061099, A361V - rs41304191, R404Q - rs200915526, C431W - rs9282564, V473L - rs112801674, I500T - rs201917713, T522S - rs371192766, K536R - rs199551851, A540T - rs201564736, A544T - rs1202183, R547C - rs139583955, A557G - rs202240722, T558M - rs192850609, L561F - rs372174859, E566K - rs41315618, D574V - rs200177995, R580W - rs202150907, R580Q - rs9282565, A586G - rs35810889, R588C - rs199807788, R593C - rs201641280, G774R - rs200693386, R789Q - rs199607036, C956Y - rs201396865, V1040A - rs189559454, G1055R - rs201389507, G1063A - rs374713722, A1067T - rs201352004, S1072R - rs368578071, S1077T - rs61607171, T1078P - rs199924747, R1085W - rs149518139, R1085Q - rs202002337, R1188H - rs200823786, R1188G - rs199509670, A1205T - rs61122623, E1211A - rs200753045, R1233H - rs201280497 foram considerados deletérios por pelo menos sete ferramentas do consenso PredictSNP1.0. Além disso, 73% (n = 30) das alterações de aminoácidos são capazes de diminuir a estabilidade da proteína.

Discussão

Das quarenta e uma variantes identificadas, trinta foram associadas a uma alteração na capacidade da P-gp de expulsar medicamentos das células leucêmicas. Essas modificações podem resultar em uma menor eficácia dos agentes quimioterápicos, contribuindo para a resistência observada em muitos casos de LMA. A presença de múltiplas variantes sugere uma complexa interação entre os polimorfismos do ABCB1 e a resposta ao tratamento, destacando a necessidade de abordagens personalizadas na terapia de LMA.

Conclusão

A análise in silico do gene

ABCB1

demonstrou que variantes genéticas podem impactar significativamente a resistência a medicamentos em LMA. Essas descobertas sublinham a importância de considerar os polimorfismos do

ABCB1

na personalização dos regimes de tratamento para melhorar a eficácia da quimioterapia e otimizar o manejo dos pacientes com LMA. A integração dessas informações na prática clínica pode ajudar a superar os desafios associados à resistência medicamentosa e melhorar os resultados terapêuticos.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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