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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 3398
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LEUCEMIA LINFOIDE AGUDA EM PACIENTE IDOSO: UM RELATO DE CASO
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BG Campello, J Severo, CCL Silva, LGdF Lima, TR Evangelista, MCDdM Cahu, AQdMS Aroucha, ASA da Silva, HC Moura, MFH Costa
Instituto de Medicina Integral Professor Fernando Figueira (IMIP), Recife, PE, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

Leucemia linfoide aguda (LLA) é uma doença que, embora possa ocorrer em qualquer idade, sua incidência é maior entre crianças de 2 a 5 anos, numa porcentagem de cerca de 70%, diminuindo entre adolescentes e adultos jovens. O diagnóstico da LLA se dá por meio de mielograma com evidência de mais de 20% de células blásticas, aliado a imunofenotipagem e estudo genético, o que gera informações prognósticas importantes. O tratamento se baseia em poliquimioterapia.

Descrição do caso

Paciente, 62 anos, sexo masculino, pardo, encaminhado ao serviço por queixa de perda de peso e anemia persistente em hemogramas, com necessidade de transfusão, com bicitopenia (Hb 6,0 g/dL ; Plaquetas 94.000), além de leucocitose (108.300 com 70% de linfócitos). À admissão foram realizados mielograma com 78% de blastos e hipoplasia megacariocítica; Imunofenotipagem positiva CD10, CD19, CD34, CD45, CD123 e CD304, negativa para CD20. Apresentava citogenética com a presença de cromossomo philadelphia em 100% das células analisadas, com translocação 9;22 em cariótipo 46, XY e BCR-ABL1 P190 positivo para t 9;22, configurando-se como uma leucemia linfoide aguda tipo B com presença de cromossomo philadelphia. Nesse contexto, foi iniciado protocolo HYPERCVAD com doses reduzidas em associação com inibidor de tirosina quinase e o paciente segue em esquema quimioterápico (3º ciclo), sem intercorrências, assintomático, com pesquisa de doença residual mínima constando de 0,00022% de células com assincronismo maturativo, sugerindo linfoblastos B residuais, e com BCR-ABL1 P190 indetectável.

Conclusão

A LLA de células B é principalmente uma doença de crianças, com três quartos dos casos ocorrendo em menores de 6 anos de idade. Além disso, a incidência de LLA de células B é três vezes maior em pessoas brancas do que em pessoas negras. O presente trabalho traz a raridade do acometimento em maiores de 60 anos, tendo em vista epidemiologia relatada. Além disso, apesar do paciente apresentar característica de mau prognóstico, tais como sexo masculino, idade > 10 anos, leucócitos maiores que 50.000 e a presença de translocação 9;22, o paciente respondeu clínica e laboratorialmente muito bem à quimioterapia (ainda que esquema com doses reduzidas em relação ao esquema original), tornando esse caso notável, pela importancia da realização da citogenética e dos estudos de biologia molecular nestes pacientes de leucemias agudas.

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Referências:

Jain N, Roberts KG, Jabbour E, Patel K, Eterovic AK, Chen K, et al. Ph-like acute lymphoblastic leukemia: a high-risk subtype in adults. Blood. 2017 Jan 26;129(5):572-81. doi:10.1182/blood-2016-07-726588.

Redaelli A, Laskin BL, Stephens JM, Botteman MF, Pashos CL. A systematic literature review of the clinical and epidemiological burden of acute lymphoblastic leukaemia (ALL). Eur J Cancer Care (Engl). 2005 Mar;14(1):53-62. doi:10.1111/j.1365-2354.2005.00513.x.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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