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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S7-S8 (Outubro 2021)
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INTERNAÇÕES POR ANEMIA FERROPRIVA EM IDOSOS EM UM ESTADO DA REGIÃO AMAZÔNICA
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1435
DO Costa, LFLS Neto, ACM Costa, LALS Barata, WDS Ramos, VPUDA Barros, SC Franco, CVCD Nascimento
Universidade do Estado do Pará (UEPA), Belém, PA, Brasil
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Objetivo

Descrever o perfil epidemiológico das internações por anemia ferropriva em idosos no estado do Pará, entre 2016 e 2020.

Material e metodos

O presente estudo possui delineamento retrospectivo, ecológico e descritivo. Foram coletados dados do Departamento de Informática do Sistema Único de Saúde (DATASUS) referentes aos idosos que foram internados por anemia ferropriva no Pará de 2016 a 2020. Analisou-se as seguintes variáveis: sexo, faixa etária, cor/raça, caráter de atendimento e microrregião segundo o IBGE.

Resultados

Foram notificadas 638 internações no Pará entre 2016 e 2020, sendo o município de Tucuruí com a maioria dos casos, somando 121 internações, seguido por Altamira com 91 e Santarém com 78. Entre as internações, 99,53% foram de caráter de urgência e 0,47% eletivas. Observou-se que 54,38% são referentes ao sexo masculino e 45,62% ao feminino. No quesito cor, 442 internações ocorreram entre pardos, 30 entre brancos e 10 entre amarelos, sendo que há 148 casos não especificando o tom de pele. Quanto à faixa etária, 36,52% corresponde a indivíduos de 60 a 69 anos, 32,60% a mais de 80 anos e 30,87% de 70 a 79 anos.

Discussão

A anemia ferropriva é uma patologia prevalente entre os idosos, tendo em vista que o envelhecimento compõe um fator de risco para o seu desenvolvimento. Como principal indicador da doença, encontra-se o nível sérico de ferritina, o qual apesar de ser um marcador de fase aguda e aumentar com a idade, em idosos, o parâmetro não é bem esclarecido, dificultando a identificação de valores alterados. Outrossim, a falta de consenso diagnóstico pode ser responsável pela variabilidade de prevalência observada entre as faixas etárias. Ademais, tais dados estão em desacordo com um estudo, em que a prevalência da doença foi superior em idosos acima de 80 anos. Outro dado avaliado, a prevalência entre os gêneros, mostrou-se discordante da literatura, na qual foi encontrado uma prevalência maior no sexo feminino. A diferença entre os sexos pode ser explicada por um subdiagnóstico devido à presença de sintomas iniciais inespecíficos, como fadiga, irritabilidade, perda de concentração e queda de cabelo, além do fato de que parte dos homens tendem a procurar por atendimento médico tardiamente. Consoante aos resultados encontrados em um estudo realizado em uma unidade hospitalar, a cor parda foi a mais prevalente entre os indivíduos, sendo estes seguidos por pacientes autodeclarados brancos e amarelos, respectivamente. Isso revela a necessidade de atenção à cor dos pacientes de forma a tornar os profissionais atentos aos sintomas característicos quando estes ocorrem em pacientes que estatisticamente estão mais predispostos. Quanto ao caráter de atendimento e microrregiões específicas, não foram encontrados estudos relevantes ou que tenham dados atualizados, revelando a necessidade da fomentação desses tipos de pesquisas, sobretudo, nas regiões destacadas.

Conclusão

Desse modo, os dados colhidos são imprescindíveis para o planejamento de políticas públicas, sobretudo, para a prevenção da anemia ferropriva em idosos no cenário amazônico. Outrossim, a importância da história clínica do paciente é fundamental para o diagnóstico, visto que, o diagnóstico errôneo pode acarretar na piora do quadro clínico e/ou em internação. Logo, faz-se necessária a constante atualização de informações sobre as características e particularidades dessa patologia.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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