
Ao observar os estudantes de medicina do Centro Universitário São Camilo (CUSC) e sua grade curricular, verificou-se escassez e falta de veracidade das informações sobre a doação de sangue. As escolas são as instituições onde essa informação é menos abordada, e as instituições médicas não corrigem essa deficiência, perpetuando a desinformação, que contribui para a baixa adesão à doação de sangue. Isso ressalta a importância das ligas acadêmicas no incentivo e divulgação de informações sobre doação de sangue e sua necessidade para a comunidade. A doação de sangue é um ato solidário que deve ser estimulado continuamente para tornar o recrutamento eficiente e benéfico à população, destacando novamente a importância das ligas acadêmicas nas instituições médicas, ao oferecerem uma nova perspectiva sobre a doação de sangue desde o início da graduação.
ObjetivosEste relato visa observar o impacto das campanhas de doação de sangue promovidas pela Liga Acadêmica de Hematologia e Hemoterapia São Camilo (LAHHSC) em conjunto com a Liga Acadêmica de Hematologia e Banco de Sangue São Camilo (LAHBSSC) no conhecimento dos estudantes da área da saúde do CUSC. Além disso, pretende-se analisar a contribuição dessas ligas por meio de aulas e simpósios que evidenciam a importância da doação de sangue para a população.
MetodologiaTrata-se de um relato de experiência de discentes do CUSC e sua interação com LAHHSC, no qual discorrem sobre o conhecimento adquirido desde o início da graduação. Isto proporcionou um ambiente extracurricular enriquecedor, oferecendo inúmeras oportunidades para os estudantes aprimorarem suas habilidades práticas e teóricas.
ResultadosForam realizadas aulas, projetos e campanhas que fomentaram a discussão sobre a doação de sangue entre os discentes do CUSC. Exemplos incluem a divulgação de links para inscrição de doadores e o incentivo aos alunos através de fornecimento de horas complementares, necessárias durante a graduação. Foram ministradas aulas sobre hematopoiese, critérios de doação e condições que podem necessitar de transfusão, como anemia, doença falciforme, leucemia e hemofilia. A LAHHSC também produziu conteúdos científicos que permitiram discussões aprofundadas entre orientadores e participantes.
DiscussãoA divulgação de links e o espaço cedido pela universidade facilitaram o processo de doação de sangue pelos alunos, funcionários e pela comunidade do Ipiranga, uma vez que é um evento aberto ao público. As aulas e os trabalhos científicos sobre doenças e emergências que necessitam de transfusão elucidaram a relevância e a demanda da doação de sangue para os discentes.
ConclusãoA experiência demonstrou que a atuação das ligas acadêmicas é essencial para preencher as lacunas existentes no ensino sobre doação de sangue. As campanhas, aulas e materiais educativos produzidos pela LAHHSC e pela LAHBSSC foram eficazes em aumentar o conhecimento e o engajamento dos estudantes. No entanto, para garantir um impacto duradouro e ampliar a adesão à doação de sangue, é imprescindível que as instituições de ensino superior integrem esse tema de forma mais estruturada em seus currículos. Promover uma educação completa e contínua sobre este tema contribuirá para o desenvolvimento de uma cultura de solidariedade e engajamento entre os futuros profissionais da saúde, assegurando um suporte adequado às necessidades de transfusão de sangue da população.