A Doença Hemolítica do Recém-Nascido é uma anemia hemolítica, causada por incompatibilidade sanguínea materno-fetal que pode ser decorrente da aloimunização por diversos sistemas sanguíneos. Os principais causadores são os sistemas ABO e Rh. O objetivo desse estudo foi avaliar a incidência de anticorpos irregulares em recém nascidos e o impacto desses anticorpos na clínica dos indivíduos.

Foram avaliados 24 estudos imunohematológicos nos quais os indivíduos apresentaram TAD (Teste da Antiglobulina Direta) positivo no período de janeiro de 2020 a agosto de 2021 e foi realizada a identificação desses anticorpos nas agências transfusionais do Grupo GSH – polo Brasília/DF. Verificado estatisticamente a incidência dos anticorpos irregulares em relação ao número total de estudos.

Os anticorpos irregulares encontrados foram: anti-D, anti-A, anti-B e anti-E. Sendo que, 58,3% dos anticorpos irregulares identificados eram anti-D, 29,1% eram anti-A, 8,3% eram anti- E e 4,1% eram anti-B.

Foi possível concluir que os anticorpos irregulares com maior incidência em recém nascidos eram anti-D, corroborando com a literatura, onde apresentam uma maior associação clínica a doença hemolítica do recém-nascido.