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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S395-S396 (Outubro 2021)
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IMPLANTAÇÃO DO “PROTOCOLO DE ALERTA VERMELHO”NO MANEJO DE HEMORRAGIA PUERPERAL NO HOSPITAL DE CLÍNICAS DE PORTO ALEGRE
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DMR Speransa, LO Garcia, SB Leite, LDN Vargas, E Aguiar, L Sekine, JPM Franz
Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA), Porto Alegre, RS, Brasil
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Objetivos

A hemorragia puerperal é considerada a maior causa de morbimortalidade materna no mundo, sendo responsável por 27% dos óbitos. Este trabalho teve como objetivo relatar o processo de implantação do protocolo de alerta vermelho, referente às transfusões de extrema urgência, no Centro Obstétrico (CO) do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) a fim de proporcionar um atendimento mais rápido e seguro a estas pacientes.

Material e métodos

Foi realizada a análise das transfusões de extrema urgência e transfusões maciças ocorridas no CO, no período de 2016 a 2021, os principais eventos envolvidos e seus desfechos, incluindo os óbitos. Em 2016, foi elaborado um protocolo de avaliação de risco de hemorragia puerperal no CO e dos indicadores de tempo de atendimento às transfusões de extrema urgência do serviço de hemoterapia

Resultados

Durante o período de implementação do protocolo, em 2016, 28 gestantes necessitaram de atendimento de extrema urgência, das quais 20 transfundiram hemocomponentes, e destas, 2 (7,14%) evoluíram para óbito. Os principais eventos envolvidos foram: eclâmpsia, coagulação intravascular disseminada (CIVD), pré eclâmpsia, atonia uterina, acretismo placentário, hipotonia uterina, parto vaginal com laceração de grau II posterior, retenção placentária, choque hipovolêmico pós cesária com CIVD, descolamento de placenta prévia com hemorragia e histerectomia.

Discussão

A fim de diminuir o número de transfusões de extrema urgências no CO e aumentar a segurança transfusional, em 2017 foi proposta uma revisão na classificação de risco para hemorragia puerperal, incluindo a solicitação de amostra para PCT e dos parâmetros laboratoriais hematócrito/hemoglobina nas pacientes classificadas como médio risco. Nas pacientes classificadas como alto risco, além dos parâmetros laboratoriais citados e amostra para PCT, foi solicitado também reserva de hemocomponentes que corresponde pelo menos a 2 unidades de concentrado de hemácias. Com essa mudança no protocolo e treinamento entre as equipes, não houveram mais casos de óbitos no CO por hemorragia puerperal.

Conclusão

A elaboração do protocolo de alerta vermelho no CO em parceria com o serviço de hemoterapia, aumentou a segurança transfusional das gestantes de médio e alto risco de sangramento no pré-parto e puerpério imediato. Antecipar a realização dos testes pré-transfusionais e, nos casos em que a pesquisa de anticorpos irregulares for positiva, conseguir identificar os anticorpos e realizar pesquisas imunohematológicas adicionais, quando necessário, proporciona uma maior segurança e agilidade no atendimento. Com isso, é possível selecionar, na maioria das vezes,o hemocomponente mais adequado em tempo hábil, aumentando a segurança transfusional e diminuindo risco de reação hemolítica transfusional.

O texto completo está disponível em PDF
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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