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Vol. 43. Núm. S1.
Páginas S262-S263 (Outubro 2021)
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IMPACTO DO CONGELAMENTO E ARMAZENAMENTO DE CÉLULAS PROGENITORAS HEMATOPOIÉTICAS POR PERÍODO SUPERIOR A NOVE MESES, APÓS O SEGUNDO TRANSPLANTE EM RECAÍDA. RELATO DE QUATORZE PACIENTES
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CHC Ribeiro, GCMTD Prado, JJ Saldanha, GAC Veranio-Silva, PV Oliveira, CMB Finkel, MM Lisbôa, JPR Azevedo
Procélula - Terapia Celular, Niterói, RJ, Brasil
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O transplante autólogo de Células Progenitoras Hematopoiéticas (CPH) vem se consolidando como um instrumento de fundamental importância na estratégia terapêutica de doenças oncohematológicas. Os quatorze pacientes analisados apresentaram como doença de base o Mieloma Múltiplo (MM), que é uma doença maligna dos plasmócitos da medula óssea, uma patologia sistêmica tratável, porém com pequena probabilidade de cura e alta frequência de recidiva. Por este motivo, a estratégia com pacientes portadores de MM é coletar e criopreservar as CPH previamente ao primeiro transplante (T1) e estocá-las pelo tempo necessário até o segundo transplante (T2). Para avaliar o impacto do armazenamento a longo prazo, em produtos hematopoiéticos recuperados após congelamento com taxa não controlada e criopreservação a -80°C, descrevemos neste trabalho avaliações laboratorial e clínica comparando os resultados de recuperação celular após o descongelamento e de pega de enxerto encontrados no T1 e T2. As CPH foram coletadas por aférese em Cobe Spectra ou Cobe Optia com alvo de mais de 4x106 células CD34+/kg do paciente. Os produtos foram criopreservados usando solução crioprotetora composta de hidroxietilamido (HES) a 5,83%, albumina humana (AH) a 4% e Dimetil-sulfóxido (DMSO) a 5% do volume final, e divididos em frações de 60 a 115 mL, com concentração celular alvo de 2 x 108 leucócitos totais/mL. Estas frações foram acondicionadas em estojos de alumínio para congelamento mecânico em freezer a -80°C e mantidas armazenadas à mesma temperatura até a data do primeiro transplante. As amostras para o segundo transplante foram armazenadas em freezer -80°C ou tanque de nitrogênio líquido -196°C de acordo com a estratégia médica. A viabilidade celular foi definida por microscopia óptica e exclusão por azul de trypan (0,4%) e a quantificação de CPH por citometria de fluxo para células CD34+/CD45low, segundo metodologia definida pela ISHAGE, em citômetro FACScalibur (Becton & Dickinson). Realizamos ensaio clonogênico para unidades formadoras de colônias (UFC-GM) com sistema MACSMedia (Miltenyi Biotech) de cultura em metilcelulose. Os produtos permaneceram armazenados em média por 17,50 (6–64) dias até o T1 e 1166 (326–2219) dias até o T2. A média de células CD34+ infundidas em T1 e T2 foi de 3,22 (2,03–4,91) e 3,41 (2,03–5,94) x106/Kg, respectivamente. A recuperação no descongelamento da viabilidade celular e de UFC-GM foi em média de 89,85% (84,76–94,98) e 85,92% (54,42–126,56) em T1 e 91,30% (83,59–94,98) e 84,72% (70,40–128,45) em T2. O tempo para pega de granulócitos foi em média de 10,42 (9–12) dias para T1 e 10,08 (9-12) dias para T2. Nesta casuística, foi possível observar que o tempo de armazenamento não influenciou na qualidade dos produtos utilizados no T2. Os resultados indicam que o processo de congelamento com taxa não controlada utilizado no Procélula, é seguro para preservação e recuperação das CPH tanto para o primeiro quanto para o segundo transplante.

Palavras-chave

Transplante em recaída; Células Progenitoras Hematopoiéticas; Transplante autólogo.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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