Objetivo: Avaliar o perfil de atendimento dos pacientes com doenças linfoproliferativas durante a pandemia de SARS-CoV-2 bem como compará-las com o documento “SUGESTÕES DE MANEJO DE DOENÇAS LINFOPROLIFERATIVAS DURANTE A PANDEMIA DO COVID-19” disponível em https://abhh.org.br/wpcontent/uploads/2020/04/recomendac%CC%A7o%CC%83es-covid19-linfoproliferativas-2.pdf. Método: Os dados foram coletados através de questionário online (Formulários Google) contendo 15 perguntas aplicadas durante o período de junho a julho de 2020 a hematologistas brasileiros contatados por mídias sociais por um dos autores (RS) bem como divulgação pelo informe da ABHH. Obtivemos 149 respostas, sendo eles procedentes dos estados do RJ (n = 87), SP (n = 21), MG (n = 3), região Sul (n = 20), região Centro-Oeste (n = 8), região Nordeste (n = 7) e região Norte (n = 1). As variáveis analisadas foram: teleconsultas, terapias orais, internações hospitalares, terapia de manutenção, transplante, prognóstico, setor de atuação do profissional, tempo de experiência na área e se considera-se parte do grupo de risco. Os dados coletados foram exportados para a plataforma SPSS e atribuindo-lhe pontuações que representasse a adesão ou não à diretriz. As pontuações foram de 0 (não está seguindo a diretriz) e 1 (está seguindo a diretriz) essas pontuações foram somadas e representadas na forma de scores de 0 a 7 em que (0 – 3) mostra baixa adesão; (4 – 5) média adesão e (6 – 7) alta adesão ao protocolo. Permitindo assim uma observação não estruturada da atuação dos profissionais mediante recomendação da ABHH durante a pandemia. Resultados: 60% dos médicos atrasaram o transplante em pacientes com linfoma do manto, 54% suspenderam a terapia de manutenção nos linfomas indolentes (51% em linfoma foliculares) e 52% deram preferência aos tratamentos orais; 96% dos médicos adotaram a telemedicina para pacientes em remissão. Já nos linfomas agressivos, 30% modificaram o tratamento. Em relação à LLC, 46% não alteraram sua conduta, 28% atrasaram o tratamento, 25% deram preferência à medicações orais e 2% por tratamento paliativo. A adesão mediana às diretrizes foi de 4 (0-7). A adesão foi baixa em 41%, média em 34% e alta em 25%. A maioria enfrentou dilemas éticos (62%). A pandemia resultará em dano para o prognóstico dos pacientes para 88%; 91% dos respondedores atuaram em áreas com alta prevalência de Covid-19; 65% tem mais de 10 anos de experiência profissional, quase 70% tem atuação na medicina privada (metade também atua no serviço público) e 40% se considera em grupo de maior risco para Covid-19 severa. A associação entre a adesão às diretrizes foi relacionada com o estado do médico de forma estatisticamente significativa (P = 0,015 teste KruskalWallis) sendo maior no RJ, SP e Nordeste em relação ao Sul e Centro-Oeste. Discussão: Apesar das limitações de tamanho da amostra, viés de informação e alta concentração das respostas no estado do RJ, nosso estudo apontou para uma adesão às diretrizes aquém do esperado. Conclusão: A adesão foi maior nos locais onde havia mais casos de Covid-19 no momento da aplicação do questionário. Não foi possível pesquisar o conhecimento das diretrizes. Optamos por não colocar esta pergunta para não influenciar os respondedores.
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