Objetivos: Nosso objetivo foi confirmar a eficiente padronização do modelo experimental de leucemia promielocítica aguda (LPA) em camundongos imunocompetentes BALB/c através da técnica de imageamento in vivo, e acompanhar a sobrevida dos animais. Material e métodos: Camundongos BALB/c foram irradiados com 6Gy e transplantados após 4 horas por via retro-orbital com 1 × 106 células leucêmicas provenientes de animais transgênicos (PML/RARα) marcadas com nanocristais (Qtracker 800 Cell Labeling Kit, Life Technologies, Eugene, EUA, código Cat. Q25071MP), de acordo com o protocolo do fabricante. Os camundongos foram submetidos ao imageamento nos dias 1, 3, 7, 11, 13 e 15 utilizando um analisador de imagem in vivo (In vivo FXBRO, Bruker, EUA). Os comprimentos de onda de excitação e emissão foram estabelecidos em 710 e 790 nm, respectivamente, e o tempo de imagem foi de 2,5 minutos. As radiografias foram obtidas dos camundongos para determinar a localização anatômica da marcação. Durante os procedimentos, os camundongos foram anestesiados (isoflurano 1,5%). Um controle negativo (camundongo não receptor de células) foi submetido ao imageamento junto com os camundongos transplantados para excluir possíveis marcações inespecíficas. Em paralelo, os critérios diagnósticos de leucemia foram acompanhados: sinais clínicos como palidez, magreza, menor atividade física, postura arqueada, pêlos arrepiados, pequena desidratação, menor quantidade de fezes e urina na gaiola; leucocitose (WBC >30 x 103/μL), anemia (Hb <10 g/dL), plaquetopenia (Plt <500 x 103/μL), e presença de blastos nos esfregaços de sangue periférico corados com Leishman-Wright-Giemsa. Para análise de sobrevida, camundongos BALB/c (n = 12/grupo) transplantados com células leucêmicas conforme descrito acima foram acompanhados até a data de morte. O grupo controle não foi transplantado com células leucêmicas. Resultados: Observou-se infiltração de células imaturas na medula óssea e nos órgãos dos camundongos transplantados em diferentes momentos. A marcação foi detectada principalmente no pescoço e baço nos dias 1 e 3 após o transplante. Nos dias 7, 11 e 13, a marcação foi menor no baço e pescoço, provavelmente devido ao homing das células sobreviventes para o nicho da medula óssea, onde essas células se estabelecem e proliferam. Após o estabelecimento das células no nicho da medula óssea e sua proliferação (no dia 15), as células foram liberadas para o sangue periférico, e disseminadas para diferentes órgãos (áreas distintas marcadas foram identificadas no fígado, baço, fêmur, pulmões e tireoide). Os camundongos apresentaram os critérios diagnósticos de leucemia: leucocitose, anemia, plaquetopenia e presença de blastos no sangue periférico, confirmando, junto ao imageamento, a efetiva padronização da APL nos camundongos BALB/c. Além disso, o acompanhamento da sobrevida mostrou que os animais leucêmicos sucumbem entre os dias 15-18 após o transplante. Discussão e conclusão: O desenvolvimento de modelos tumorais “in vivo”é fundamental para a investigação de novas terapias medicamentosas. O interessante aqui é que os camundongos BALB/c permitem o estabelecimento efetivo da APL, como confirmado em nossos resultados de Imagem de fluorescência in vivo e curva de sobrevida. Além disso, a linhagem BALB/c apresenta resposta imune competente, o que os torna uma excelente ferramenta na hematologia oncológica.
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