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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID – 1984
Acesso de texto completo
HEMOVIGILÂNCIA DAS REAÇÕES ADVERSAS IMEDIATAS E TARDIAS À DOAÇÃO DE SANGUE NO HEMOCENTRO DO ESTADO DO AMAZONAS
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LSSdS Vecchiaa, EFR Assunçãoa, SRL Albuquerquea, SRS Frantzb
a Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas (HEMOAM), Manaus, AM, Brasil
b Universidade do Estado do Amazonas (UEA), Manaus, AM, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A transfusão de sangue é conhecida como um componente-chave em todos os sistemas de saúde que salva milhões de vidas em todo o mundo a cada ano. Cerca de 30% de todas as pessoas tiveram a necessidade de receber sangue ou seus produtos durante a vida. Embora a doação de sangue seja um procedimento de risco muito baixo, a incidência de algumas reações adversas é inevitável, o que é o fator mais importante para reduzir o desejo do doador de doar novamente. Isso seria um obstáculo contra o fornecimento de sangue saudável e suficiente. Portanto, eliminar ou reduzir esses fatores por meio da prevenção pode ajudar a atingir esse objetivo.

Objetivos

Geral: Caracterizar os aspectos da hemovigilância das reações adversas imediatas e tardias em doadores de sangue da Fundação Hospitalar de Hematologia e Hemoterapia do Amazonas. Específicos: Descrever o perfil sociodemográfico dos doadores de sangue que apresentaram reações adversas antes e após doação de sangue;Estimar a taxa de prevalência dos doadores de sangue que apresentaram reações adversas a doação de sangue imediatas e tardias; Identificar as reações adversas a doação de sangue quanto ao tempo de ocorrência.

Material e métodos

Estudo longitudinal observacional realizado no Hemocentro do Amazonas (FHEMOAM) de 2020 a 2022, com análise de 627 fichas de reações adversas à doação de sangue. O estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa sob o registro CAAE: 69615723.30000.0009 e utilizou um instrumento padronizado para coletar dados sobre variáveis como sexo, idade, tipo de doador, reações adversas e assistência de enfermagem. Não houve necessidade de Termo de Consentimento Livre e Esclarecido devido ao uso de dados documentais.

Resultados

O estudo sobre reações adversas em doadores de sangue revelou que a maioria dos casos ocorreu em mulheres jovens, entre 16 e 25 anos, e que a taxa de reações adversas aumentou ao longo dos anos. As reações mais comuns incluíram vertigem, hipotensão, náuseas e ansiedade. Além disso, mais de 60% dos doadores que apresentaram reações adversas não retornaram para futuras doações. Esses dados sugerem que fatores como idade e sexo podem influenciar na ocorrência de reações adversas.

Discussão

O estudo revelou que reações vasovagais são comuns em doadores de sangue, especialmente em mulheres jovens, doadoras de primeira vez e com tipo sanguíneo O+. Fatores como volume de sangue retirado e estresse psicológico contribuem para essas reações. É fundamental informar adequadamente os doadores sobre possíveis reações adversas e implementar estratégias direcionadas para melhorar a experiência do doador e garantir um suprimento de sangue seguro e contínuo.

Conclusão

O estudo sobre hemovigilância em Manaus entre 2020 e 2022 revelou uma tendência crescente de reações adversas à doação de sangue, especialmente entre doadoras do sexo feminino e jovens de 16 a 25 anos. A maioria das reações foi imediata, destacando a necessidade de monitoramento rigoroso durante a doação. Foram identificados perfis de risco específicos relacionados à tipagem sanguínea e fator Rh. Os resultados reforçam a importância da hemovigilância contínua e medidas preventivas para garantir a segurança dos doadores e o fornecimento de sangue seguro. O estudo pode subsidiar a formulação de políticas públicas para melhorar o atendimento ao doador e promover benefícios à saúde pública.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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