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Vol. 45. Núm. S4.
HEMO 2023
Páginas S200-S201 (Outubro 2023)
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FREQUÊNCIA E ATIVAÇÃO DE CÉLULAS CITOTÓXICAS ANTITUMORAIS SÃO BIOMARCADORES DE RESPOSTA E REMISSÃO LIVRE DE TRATAMENTO NA LEUCEMIA MIELOIDE CRÔNICA
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LS Binellia,b,c, LC Palmaa,c, CAB Garciaa,b, LO Maranib, M Medeirosa,b, IA Lopesa,b, PS Scheuchera,b,c, JL Schiavinatoa,b,c, F Trainaa,b, PMM Garibaldia, FA Castroc,d, VL Bassanc,d, GO Duartec,e, KBB Pagnanoc,e, LL Figueired-Pontesa,b,c
a Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
b Fundação Hemocentro de Ribeirão Preto (FUNDHERP), Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (FMRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
c CNPQ Auxílio Universal (CNPQ#406361/2021-5), Brasil
d Faculdade de Ciências Farmacêuticas de Ribeirão Preto (FCFRP), Universidade de São Paulo (USP), Ribeirão Preto, SP, Brasil
e Centro de Hematologia e Hemoterapia (Hemocentro), Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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Na Leucemia Mieloide Crônica (LMC), pacientes que alcançam resposta molecular profunda sustentada (RMP) com inibidor de tirosinoquinase (ITQ) podem ter o tratamento descontinuado. A remissão livre de tratamento (RLT) ocorre na minoria dos pacientes e não há biomarcadores preditores de manutenção ou perda de resposta. A imunidade antitumoral mediada por Linfócitos T (LT) e Natural Killer (NK) pode contribuir para manutenção e resultar em respostas distintas durante e após a descontinuação. Correlacionamos o fenótipo T e NK com a cinética de doença residual mensurável (uso de ITQ) e com a perda da RLT (descontinuação-DES). Foram incluídos 10 controles saudáveis (CT) e 23 pacientes com LMC: 8 ao diagnóstico (DX), 4 tratados por mais de 3 anos com RM menor que log 3 (RM<3), 13 com RMP sustentada (RM>4,5) em DES, divididos e acompanhados em meses (m), no qual, 3m (n = 13), 6m (n = 8) e 9m (n = 7), e 8 que recaíram (R) no DES. Até o ponto 6m, os pacientes estavam com 50% da dose do ITQ e, após este ponto, tiveram o ITQ suspenso. Foram avaliados frequência, subtipos e maturação de NK e LT por citometria de fluxo do sangue periférico. Os subtipos NK (CD45hiCD19CD3) foram definidos como secretório (CD56brightCD16) ou citotóxico (CD56dimCD16+), e a maturação funcional das células CD19CD3CD56+ foi classificada: CD11bCD27 (tolerante); CD27+CD11b (secretória imatura); CD27+CD11b+(secretória madura) e CD11b+CD27 (citotóxica), além dos marcadores de ativação CD57 e NKp80. A frequência destas subpopulações foi avaliada em subgrupos de pacientes de acordo com o nível de RM por RT-qPCR para o gene BCR::ABL1. Em comparação aos CT, amostras de LMC em atividade (DX, RM<3 e R) exibiram queda de LT e NK totais, enquanto pacientes em uso de ITQ com boa resposta (DES) têm maior frequência de LT (p = 0,0002) e NK (p = 0,0061). DX, RM<3 e R tiveram redução de CD3+ e CD4+ e tendência de aumento de CD8+, e DES teve maior frequência de CD3+ (p =0,0004) e CD4+ (p = 0,0418) e tendência de redução de CD8+(p >0,05). Em relação aos subtipos de NK, DX, RM<3 e R, mostraram diminuição de CD56dimCD16+, entretanto DES apresentaram maior frequência (p = 0,0017). O subtipo CD56brightCD16 não diferiu entre os grupos (p > 0,05). Na maturação funcional de NK, DX, RM<3 e R, houve aumento de células secretórias imaturas e tolerantes, enquanto em DES diminuição de secretórias imaturas (p = 0,0387) e tolerantes (p = 0,0023) e tendência de aumento de secretórias madura (p > 0,05). Na ativação de NK, DX, RM<3 e R, exibiram queda de CD57+ (p = 0,0358) e NKp80 (p = 0,0036), e em DES evidenciaram valores elevados. Pacientes saudáveis, RM>4,5 e DES, possuem perfil mais maduro de NK, no qual a atividade citotóxica é semelhante aos CT. Entretanto, pacientes maus respondedores (RM<3 e R) exibem um perfil mais imaturo, maturação semelhante ao DX com aumento de secretórias imaturas e tolerantes. A frequência de NK citotóxicas CD56dim (antitumorais) está reduzida em pacientes com LMC em atividade e que não atingiram RM maior. O uso de ITQ leva à redução de BCR::ABL1 concomitante ao estímulo imune, com recuperação das células citotóxicas. A ativação de NK por meio de CD57 e NKp80 está prejudicada na presença de doença molecular e durante o tratamento, sugerindo que a monitorização de CD4 e NK citotóxicas durante a descontinuação poderá ser útil para predizer a recaída da RLT.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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