
Determinar a prevalência da distribuição dos fenótipos dos grupos sanguíneos ABO e RhD, dos acadêmicos voluntários de uma Instituição de ensino superior no município de Limeira/SP, além de contribuir de forma indireta para captação de doadores.
Materiais e métodosPesquisa experimental e descritiva. Os testes imuno-hematológicos foram realizados pelo método de hemaglutinação em tubo, com 125 amostras de sangue total coletadas de indivíduos saudáveis de ambos os gêneros, no período de fevereiro a junho de 2023. Para classificação do grupo sanguíneo ABO, foram executadas as tipagens direta e reversa, através da utilização de anticorpos monoclonais (anti-A e anti-B) e reagentes de hemácias (A1 e B). A tipagem RhD foi realizada com anticorpo monoclonal anti-D e controle de Rh.
ResultadosEntre os voluntários, 15 (12%) eram do sexo masculino e 110 (88%) feminino. A distribuição e frequência dos grupos sanguíneos ABO/RhD dos alunos foram: O positivo com 43 (34,4%), seguidos de A positivo 41 (32,8%), B positivo 22 (17,6%), O negativo 10 (8,0%), B negativo 3 (2,4%), AB positivo 3 (2,4%), A negativo 2 (1,6%) e AB negativo 1 (0,8%).
DiscussãoNo Brasil, os grupos sanguíneos O e A juntos abrangem 87% da população e os tipos B e AB, 10% e 3% respectivamente. No período avaliado, ao somar os dois grupos sanguíneos de maior prevalência, O (42,4%) e A (34,4%), observa-se uma predominância total de 76,8%. Os nossos achados corroboram com os resultados encontrados em outros estudos, onde os grupos O e A tem sido o mais frequente, seguidos por B e AB. Aproximadamente 85% da população mundial é constituída de indivíduos RhD positivo, conhecido como fator Rh. Os dados observados neste estudo, não difere dos encontrados para o fator Rh, pois do total de indivíduos avaliados, 109 (87,2%) pertencem ao fator Rh positivo e 16 (12,8%) ao negativo. Devido à baixa frequência desse tipo sanguíneo, é notável a importância de conscientizar a população que possui esse grupo a doarem sangue regularmente.
ConclusãoO estudo avaliou a frequência de grupos sanguíneos do sistema ABO e RhD em acadêmicos. O grupo sanguíneo O RhD positivo foi o de maior prevalência, seguido pelo A RhD positivo. As menores frequências se deram para o grupo sanguíneo AB, RhD negativo. Os resultados comprovam concordância na distribuição das frequências dos grupos sanguíneos encontrado nesse estudo, com os dados da literatura especializada. O conhecimento da fenotipagem sanguínea permite estabelecer possíveis doadores e contribuir para o planejamento assertivo no estoque de hemocomponentes em serviços de hemoterapia. Além disso, foi possível incentivar e conscientizar a população para doação voluntária regular de sangue.