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Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S776-S777 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S776-S777 (outubro 2024)
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FREQUÊNCIA DA DOAÇÃO DE SANGUE ENTRE MULHERES ATENDIDAS EM UMA MATERNIDADE DE REFERÊNCIA DE RORAIMA
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IG Fortesa,b,c,d, IYS Caitanoe, WF Lotase, DJS Sarmentof,g, LM Villarh, F Granjad, VS Paulab,c
a Hospital Materno Infantil Nossa Senhora de Nazareth, Boa Vista, RR, Brasil
b Programa de Pós-Graduação em Medicina Tropical, Instituto Oswaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
c Laboratório de Virologia e Parasitologia Molecular, Instituto Oswaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
d Universidade Federal de Roraima (UFRR), Boa Vista, RR, Brasil
e Claretiano - Pólo Boa Vista, RR, Brasil
f Universidade Estadual da Paraíba (UEPB), João Pessoa, PB, Brasil
g Centro Universitário Unifacisa, Campina Grande, PB, Brasil
h Laboratório de Hepatites Virais, Instituto Oswaldo Cruz (IOC/FIOCRUZ), Rio de Janeiro, RJ, Brasil
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Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

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Introdução

A doação de sangue é um ato vital para a manutenção de estoques sanguíneos e o tratamento de diversas condições médicas.

Objetivo

Estimar a frequência de mulheres doadoras de sangue em atendimento em uma maternidade de referência do Estado de Roraima. Materiais e métodos: estudo descritivo, observacional e transversal, as informações foram coletadas mediante entrevista e termo de consentimento livre esclarecido assinado no período de fevereiro a julho de 2024. Foram incluídas no estudo mulheres gestantes e não gestantes que aguardavam cirurgia (eletiva ou urgência). As mulheres que concordaram em participar do estudo, responderam perguntas sobre doação sanguínea, diagnóstico prévio sobre doenças infecciosas e sociodemográficas. Foi realizada a análise descritiva dos dados por meio de frequências absolutas e percentuais.

Resultados

Foram entrevistadas 121 mulheres gestantes e não gestantes no pré-operatório para cirurgia (histerectomia/laqueadura/cesárea). Destas, 111 (91,7%) relataram nunca terem se submetido à doação de sangue, com média de idade de 42 anos. Dez mulheres (8,3%) já tinham doado sangue pelo menos uma vez, com média de idade de 43,4 anos. Quanto ao local de residência, 89 mulheres (73,6%) residiam em Boa Vista e 32 (26,4%) no interior de Roraima. No que diz respeito ao estado civil, 81 (66,9%) eram casadas ou viviam em união estável, 39 (32,2%) eram solteiras e 1 (0,8%) era viúva. Entretanto, 43 mulheres (35,5%) relataram já terem sido diagnosticadas com alguma doença infecciosa (Hepatites, Sífilis, Malária, dengue, Covid-19, etc.), fator que impossibilita a doação de sangue. Em relação à tipagem sanguínea ABO/RhD, 78 (64,5%) eram O+, 31 (25,6%) A+, 5 (4,1%) B+, 3 (2,5%) O Neg, 2 (1,7%) A Neg, 1 (0,8%) AB+ e 1 (0,8%) B Neg.

Discussão

: Estima-se que menos de 2% da população brasileira doa sangue regularmente, de acordo com dados do Ministério da Saúde. O predomínio do tipo sanguíneo O+ reflete as características genéticas da população da região e também está de acordo com a necessidade transfusional regional. A maioria das participantes residiam em Boa Vista, onde está localizado o Hemocentro com acesso a doação de sangue. A tipagem sanguínea das participantes foi diversificada, predominando o tipo O+. Um total de 43 mulheres relataram diagnóstico prévio de doenças infecciosas que impossibilitam a doação de sangue.

Conclusão

A frequência de mulheres que já realizaram doação de sangue neste estudo foi relativamente baixa (8,9%) e outros fatores devem ser norteados com relação a não doação. Ainda assim, o conhecimento de que 91,7% das mulheres que estavam na lista de cirurgia nunca doaram sangue reforça a necessidade de disseminar a informação sobre a prática e sua importância.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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