Compartilhar
Informação da revista
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S128-S129 (Outubro 2022)
Compartilhar
Compartilhar
Baixar PDF
Mais opções do artigo
Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S128-S129 (Outubro 2022)
Open Access
EZRINA É ALTAMENTE EXPRESSA E SUA INIBIÇÃO EXIBE EFEITOS ANTINEOPLÁSICOS EM LEUCEMIA LINFOCÍTICA CRÔNICA
Visitas
533
JCL Silvaa, F Saldanha-Araujob, RCB Meloc, HP Vicaria, AE Silva-Carvalhob, EM Regod, V Buccheric, JA Machado-Netoa
a Departamento de Farmacologia, Instituto de Ciências Biomédicas (ICB), Universidade de São Paulo (USP), São Paulo, SP, Brasil
b Laboratório de Hematologia e Células-Tronco, Faculdade de Ciências da Saúde, Universidade de Brasília (UnB), Brasília, DF, Brasil
c Divisão de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular, Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
d Laboratório de Investigação Médica em Patogênese e Terapia Dirigida em Onco-Imuno-Hematologia (LIM-31), Faculdade de Medicina, Universidade de São Paulo (HCFMUSP), São Paulo, SP, Brasil
Este item recebeu

Under a Creative Commons license
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 44. Núm S2
Mais dados

Apesar do desenvolvimento de estratégias terapêuticas para a leucemia linfocítica crônica (LLC), a maioria dos pacientes permanece limitadas. Ezrina (EZR) é um oncogene conhecido em tumores sólidos, mas seu papel em neoplasias hematológicas ainda é pouco explorado. Há evidências de que EZR desempenha uma função chave na sobrevivência celular e na ativação da sinalização mediada por BCR em linfomas de células B. Nesse estudo o papel da EZR foi investigado no contexto da LLC. Para estudos de expressão gênica, os dados de expressão de EZR mRNA de doadores saudáveis (n = 11) e pacientes com LLC (n = 103) foram derivados do banco de dados AmaZonia! (coorte de descoberta). Células CD19+ de sangue periférico foram coletadas de 56 pacientes com LLC e 10 doadores saudáveis pareados por idade do Hospital Universitário da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (coorte de validação). Para os ensaios funcionais e moleculares, amostras de sangue periférico de 24 pacientes com LLC do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo. Todas as amostras foram obtidas após consentimento informado e protocolo aprovado pelo Comitê de Ética. Os dados de RNA-seq foram obtidos do cBioPortal e os transcritos foram pré-classificados de acordo com sua expressão diferencial (alta versus baixa expressão de EZR) usando o pacote limma-voom no Galaxy. A análise de enriquecimento de conjunto de genes (GSEA) foi realizado com os conjuntos de genes Hallmark. A linhagem celular MEC-1 (derivada de LLC) foi cultivada seguindo as recomendações do DSMZ. As células mononucleares de sangue periférico de pacientes com LLC foram cultivadas em RPMI e 10% soro autólogo. NSC305787 foi usado para inibição farmacológica de EZR. A viabilidade celular foi determinada por um ensaio de MTT, as taxas de apoptose foram determinadas por marcação com anexina V/PI e citometria de fluxo (CF), o conteúdo de DNA foi realizado por marcação com PI e CF, a expressão proteica foi determinada por Western Blot. As análises estatísticas foram realizadas usando teste de Mann-Whitney, teste t de Student ou ANOVA e pós-teste de Bonferroni. Um valor de p < 0,05 foi considerado estatisticamente significativo. O gene EZR é altamente expresso em linfócitos derivados de pacientes com LLC (todos p < 0.05) e essa alta expressão está positivamente associada a vias de sinalização e processos celulares que contribuem para a malignidade desta doença. A GSEA indicou que a alta expressão de EZR foi positivamente associada a vias de sinalização relevantes associadas ao desenvolvimento e progressão da LLC, incluindo p53, PI3K/AKT/mTOR, NFkB e MAPK. Além disso, demonstramos que a inibição farmacológica do EZR tem efeitos antineoplásicos em células primárias derivadas de pacientes com LLC. Em células MEC-1, a inibição de EZR reduziu a viabilidade, clonogenicidade, progressão do ciclo celular e induziu apoptose. A inibição de EZR também reduz a ativação do ERK, S6RP e NFkB, indicando que EZR não apenas se associa, mas participa da ativação dessas vias de sinalização na LLC. Em conclusão, nossos resultados indicam que EZR é altamente expresso na LLC e associado a assinaturas moleculares relevantes para o desenvolvimento e manutenção da doença. A inibição farmacológica de EZR atenua diversos comportamentos celulares e moleculares associados ao alto risco na LLC e podem apresentar uma nova classe de medicamentos para ampliar o repertório de tratamento desta doença. Financiamento: FAPESP, CNPq e CAPES.

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas