Compartilhar
Informação da revista
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1233 (outubro 2024)
Vol. 46. Núm. S4.
HEMO 2024
Páginas S1233 (outubro 2024)
Acesso de texto completo
EXPRESSÃO DE QUIMIOCINAS E PERFIL DE IMUNOGLOBULINAS NA COVID-19: AVALIAÇÃO EM INDIVÍDUOS CONVALESCENTES VERSUS VACINADOS
Visitas
299
LG Chimeno, AMM Braz, PVO Falbo, BF Pegatin, FR Rocha, J Olbrich-Neto, E Deffune, MA Golim
Faculdade de Medicina de Botucatu, Universidade Estadual Paulista (UNESP), Botucatu, SP, Brasil
Este item recebeu
Informação do artigo
Suplemento especial
Este artigo faz parte de:
Vol. 46. Núm S4

HEMO 2024

Mais dados
Objetivo

Este estudo teve por objetivo comparar o perfil de expressão de quimiocinas e anticorpos (IgG) específicos ao SARS-CoV-2 em indivíduos convalescentes e/ou vacinados para COVID-19.

Material e métodos

Os participantes foram distribuídos em grupos: G0 – n = 15 (controle - naive para SARS-CoV-2; não vacinados), G1 – n = 14 (naive para SARS-CoV-2; vacinados), G2 – n = 6 (convalescentes; não vacinados) e G3 – n = 15 (convalescentes; vacinados), totalizando 50 indivíduos. Foram avaliadas IL-8, RANTES, MIG, MPC-1, IP-10, concentrações de IgG contra SARS-CoV-2 (anti-nucleocapsídeo, anti-spike-S1 e anti-RBD) e a capacidade de inibição dos anticorpos neutralizantes (NAbs).

Resultados

Observou-se maiores níveis de anti-spike S1 e anti-RBD (mediana = 100.153 pg/mL e 41.253 pg/mL, respectivamente), bem como maior taxa de neutralização (mediana = 98%) em G3 (convalescentes/vacinados) quando comparado com os demais grupos. Quanto às quimiocinas, os grupos G1 e G3 apresentaram menores níveis, estando inversamente correlacionados aos níveis de NAbs em G3. Em contrapartida, G2 apresentou níveis plasmáticos mais elevados de IP-10, IL-8 e anti-nucleocapsídeo, fatores que podem ser deletérios ao receptor de plasma.

Discussão

Até junho de 2024 a doença do coronavírus 2019 (COVID-19) acometeu cerca de 775 milhões de pessoas. Múltiplos fatores influenciam a evolução da COVID-19, incluindo alterações imunológicas (imunidade celular, humoral, perfis de citocinas/quimiocinas), podendo estas contribuir na progressão para hiperinflamação sistêmica. A fim de mitigar a ação deste fenômeno inflamatório e a evolução da infecção viral, a terapia com plasma convalescente (TPC) foi uma alternativa considerada, podendo fornecer imunização passiva a indivíduos infectados, visando neutralizar o patógeno e amenizar efeitos da resposta inflamatória grave. Os resultados apontam para o potencial do plasma de indivíduos vacinados, independente de terem tido COVID-19, dado o conjunto de características que podem favorecer imunidade passiva, mediante as concentrações de IgGs específicas ao SARS-CoV-2 com maior capacidade de neutralização viral.

Conclusão

Desta forma, os plasmas dos grupos G3 e G1, respectivamente, parecem agregar as características mais seguras e eficazes para TPC, de modo mais eficiente do que o plasma oriundo de indivíduos não vacinados e recuperados da COVID-19. Estas informações podem ser úteis ao enfrentamento de novas epidemias com vírus emergentes e reemergentes, considerando os desafios vivenciados com pela saúde pública na pandemia da COVID-19.

O texto completo está disponível em PDF
Baixar PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
Opções de artigo
Ferramentas