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Vol. 47. Núm. S1.
2º Congresso CancerThera
(maio 2025)
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EXPRESSÃO DE GENES ASSOCIADOS COM RESISTÊNCIA À CISPLATINA EM LINHAGEM DE CÉLULAS DE CÂNCER DE CAVIDADE ORAL: PASSOS INICIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO DE UM PAINEL MOLECULAR
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Bianca Piovesan Melchiori Peruzza, Carmen Silvia Passos Lima, Juliana Carron, Gustavo Jacob Lourenço
Universidade Estadual de Campinas (UNICAMP), Campinas, SP, Brasil
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2º Congresso CancerThera

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Resumo
Introdução/Justificativa

A cisplatina (CDDP) é um dos principais agentes quimioterápicos utilizados no tratamento do carcinoma de células escamosas de cavidade oral (CCECO). No entanto, a resistência ao tratamento representa um desafio clínico, reduzindo a eficácia terapêutica e impactando negativamente o prognóstico dos pacientes. A quimiorresistência à CDDP envolve mecanismos moleculares complexos, incluindo alterações na expressão de genes relacionados ao reparo do DNA e ao metabolismo do fármaco. Nesse contexto, genes como AKR1C1, CCND1, CCND3, ERCC1 e SLC31A1 têm sido implicados em processos biológicos associados à resistência, como detoxificação de drogas, regulação do ciclo celular e transporte de íons.

Objetivos

O objetivo deste estudo foi avaliar a expressão desses genes em células do CCECO sensíveis e resistentes à CDDP, buscando identificar potenciais biomarcadores de resistência e novas abordagens para otimizar a terapia em pacientes com o CCECO.

Materiais e Métodos

A linhagem celular SCC-25 (câncer de língua, CRL-1628, ATCC) sensível à CDDP foi cultivada seguindo protocolo padrão. A resistência celular foi induzida com 10,64 µM de CDDP, conforme protocolo previamente estabelecido. Os modelos experimentais utilizados foram: SCC-25 e SCC-25 resistente à CDDP (SCC-25-R). O cDNA de cada amostra foi amplificado por qPCR para avaliar a expressão dos genes AKR1C1, CCND1, CCND3, ERCC1 e SLC31A1 utilizando iniciadores específicos e reagentes do kit com o corante SYBR green no equipamento QuantStudio 3, seguindo as recomendações do fabricante. O gene GAPDH foi utilizado como controle endógeno. A comparação entre os grupos foi realizada por meio do teste t e os resultados foram expressos como fold change (FC). Valores de p < 0,05 foram considerados significativos.

Resultados

A expressão dos genes AKR1C1 (FC: 74,19, p = 0,001), CCND1 (FC: 1,91, p = 0,003), CCND3 (FC: 1016,29, p = 0,009) e ERCC1 (FC: 14,90, p = 0,004) foi maior nas células SCC-25-R em comparação com as células sensíveis à CDDP. Em contraste, o gene SLC31A1 apresentou uma expressão reduzida na linhagem SCC-25-R (FC: 0,56, p = 0,005) em relação às células sensíveis ao tratamento.

Conclusão

Nossos resultados indicam que a resistência à CDDP na linhagem SCC-25 pode estar associada ao aumento da expressão dos genes AKR1C1, CCND1, CCND3 e ERCC1, bem como à redução da expressão do gene SLC31A1, o que sugere que esses genes desempenham um papel na quimiorresistência. Esses achados reforçam o potencial desses genes como biomarcadores para um futuro painel de predição de resistência à cisplatina no CCECO. No entanto, novos estudos devem ser realizados em outras linhagens de tumores, assim como em modelos animais, para validar esses resultados.

Palavras-chave:
Biomarcadores
Câncer de cabeça e pescoço
Cisplatin
Quimiorresistência
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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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