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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 486
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EXPOSIÇÃO GESTACIONAL A ANTIDEPRESSIVOS INIBIDORES SELETIVOS DE RECAPTAÇÃO DE SEROTONINA SOBRE O DESENVOLVIMENTO EMBRIONÁRIO E FETAL
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ACMS Francisco
Universidade Municipal de São Caetano do Sul, São Paulo, SP, Brasil
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HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A depressão é um transtorno mental prevalente e de grande impacto em saúde pública, afetando mais mulheres, sobretudo durante a gestação. A depressão não tratada pode acarretar parto prematuro, baixo peso ao nascer, comprometimento do vínculo materno-infantil e risco de suicídio materno. Entre os antidepressivos, os inibidores seletivos da recaptação de serotonina (ISRS) são a primeira escolha terapêutica, porém seu uso na gestação levanta preocupações quanto a malformações congênitas e alterações no neurodesenvolvimento fetal. A escassez de estudos clínicos em gestantes torna a decisão terapêutica desafiadora, exigindo avaliação individualizada de riscos e benefícios.

Objetivo

Analisar, por meio de revisão literária, os efeitos do uso de ISRS durante a gestação sobre o desenvolvimento embrionário e fetal, considerando riscos e benefícios do tratamento.

Material e método

Foi realizada uma revisão sistemática da literatura em artigos publicados entre 2005 e 2025, nos idiomas português e inglês, nas bases SciELO, PubMed e Google Acadêmico. Utilizaram-se as palavras-chave: “ISRS”, “antidepressivos”, “gestação” e “efeitos adversos”. Foram incluídos estudos com evidências clínicas sobre malformações, desfechos neonatais e segurança materno-fetal.

Discussão e conclusão

Os estudos revisados mostram que o uso de ISRS, principalmente no primeiro trimestre, está associado a risco aumentado de malformações congênitas, defeitos cardíacos, parto prematuro e alterações no crescimento craniano, além de sintomas neonatais compatíveis com abstinência. Revisões recentes reforçam que a sertralina apresenta menor risco relativo, enquanto paroxetina e fluoxetina são mais relacionadas a eventos adversos neonatais. Além disso, a exposição intrauterina pode estar ligada a alterações transitórias no tônus muscular e na adaptação respiratória do recém-nascido. Por outro lado, a ausência de tratamento da depressão materna também representa risco, associando-se a parto prematuro, baixo peso ao nascer, comprometimento do vínculo materno-infantil e aumento do risco de suicídio. Assim, a decisão terapêutica deve ser individualizada, considerando a gravidade da doença, o histórico obstétrico e o perfil do antidepressivo. O acompanhamento multiprofissional e o monitoramento clínico contínuo são essenciais para equilibrar segurança fetal e bem-estar materno, reforçando a importância de protocolos baseados em evidências atualizadas.

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Referências:

Silva MMJ, Serrano TBM, Porcel GS, Monteiro BB, Clapis MJ. Risk of depression during pregnancy in usual risk antenatal care. Rev. Latino-Am. Enfermagem. 2023;31:e3963.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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