Objetivos: A leucemia mielóide aguda (LMA) é um dos tipos mais graves de leucemia, apresentando progressão acelerada e podendo levar a óbito rapidamente. Ela ocorre quando uma célula hematopoiética mielóide ainda imatura sofre uma mutação, perdendo sua funcionalidade e substituindo a produção de células saudáveis, causando diversos sintomas relacionados ao seu acúmulo na medula óssea. Por ser aguda, possuir alta resistência a quimioterápicos e elevada taxa de mortalidade, novos alvos terapêuticos tem sido buscados, entre eles os exossomos, que são um subtipo de vesículas extracelulares sintetizados por quase todas as células e formados a partir da fusão da membrana plasmática com endossomos e assim liberados para a corrente sanguínea. O objetivo deste trabalho é relacionar, a partir de uma revisão bibliográfica, os conhecimentos acerca da LMA e os exossomos, enaltecendo seu importante papel dentro do contexto tumoral como promotores da angiogênese e como uma possível abordagem terapêutica, evidenciando a importância de mais estudos envolvendo este tema. Materiais e métodos: Este trabalho é um estudo bibliográfico exploratório que foi desenvolvido através da análise e leitura de materiais já elaborados e publicados em livros e banco de dados como NCBI, PUBMED e Scielo. Foi feita uma revisão dos artigos mais recentes de diferentes pesquisadores a fim de chegar a uma conclusão sobre o tema escolhido cujo os resultados foram apresentados neste trabalho. Resultados: É possível observar com este estudo que os exossomos apresentam um alto potencial terapêutico contra a LMA, um comprovado papel dentro do microambiente tumoral e na diferenciação celular, porém, até o presente momento, as pesquisas ainda são incipientes e inconclusivas, carecendo de informações acerca de seu metabolismo e características moleculares que permita aplica-los dentro da terapia oncológica. Discussão: Por mais que os exossomos tenham sido descobertos em 1980, somente estudos recentes evidenciaram seu papel no corpo humano como promotores da homeostasia, realizando a comunicação entre células e carreando diferentes moléculas como RNA e proteínas. Por outro lado, foi descoberto também que exossomos secretados por células tumorais carregam em si moléculas facilitadoras da tumorigênese. Considerando estes fatores, os exossomos secretados pelas células da LMA podem ser vistos como fatores prognósticos e alvos terapêuticos. Pesquisas investigam ainda a produção de vacinas contendo exossomos derivados de células neoplásicas por interferirem no sistema imunológico dos pacientes, permitindo o reconhecimento de antígenos específicos por células dendríticas e por diminuírem a produção de INF-gama, o que pode auxiliar na imunoterapia. Observando a participação dos exossomos na carcinogênese ou em processos fisiológicos do corpo e, considerando seu papel como vesículas carreados de moléculas, é possível considerá-los uma provável terapia para a LMA, mais eficaz e com menos efeitos colaterais que as disponíveis atualmente. Conclusão: A leucemia mielóide aguda é uma neoplasia de difícil tratamento e alta mortalidade e, apesar dos exossomos auxiliarem na angiogênese e processo metastático dentro do contexto tumoral, apresentam boas perspectivas futuras como um possível tratamento oncológico, possuindo menos efeitos colaterias e maior eficácia na luta contra o câncer. Por conta disso, é necessário mais enfoque na pesquisa envolvendo este tipo de terapia.
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