Paciente do sexo masculino, de 35 anos, sem patologias prévias, sem uso regular de medicação, deu entrada no Hospital Regional da Costa do Cacau (Ilhéus, BA) com febre com duração de 6 meses, perda ponderal e diarreia. Ao exame físico estava emagrecido, hipocorado, com linfonodos infracentimétricos em cadeias cervicais, axilares e inguinais, e com espaço de Traube maciço à percussão. Foi solicitada sorologia anti-HIV, cujo resultado foi reagente. Hemograma solicitado no primeiro dia de internação mostrou hemoglobina de 5,6 g/dL, contagem de leucócitos de 490/mm3 (63% de neutrófilos) e contagem de plaquetas de 19.000/mm3. Contagem de reticulócitos de 1,8% e Teste de Coombs direto não reagente. Realizados ainda anti-HCV, HBSAg e VDRL, todos não-reagentes. A dosagem de vitamina B12 foi normal. Realizado teste rápido para Leishmaniose Visceral Humana (por método de Imunocromatografia), também não-reagente. Para esclarecimento diagnóstico optou-se por realizar aspirado da medula óssea (mielograma), o qual evidenciou setor megacariocítico hiperplasiado, com presença de microformas (micromegacariócitos), com hiperlobulação nuclear em alguns megacariócitos e hipo em outros, além de aspecto mais imaturo da cromatina em poucos megacariócitos. No setor eritróide foram visualizadas atipias nucleares frequentes, além de pontes intercitoplasmáticas, assincronia de maturação e eritroblastos binucleados. No setor granulocítico foram visualizados neutrófilos com hipersegmentação nuclear e outras atipias nucleares(inclusive do tipo Donnut-Cell), além de hipogranulação citoplasmática. No setor linfoplasmacítico foi evidenciada plasmocitose leve(9% da celularidade total), com alguns plasmócitos do tipo “flame-cells”. Não foram visualizados parasitas ou alterações compatíveis com hemofagocitose. Foi realizada também biópsia da medula óssea, cujo estudo histopatológico mostrou hipercelularidade, sem infiltração neoplásica ou presença de parasitas. Diante da hipótese diagnóstica de displasias eritropoiéticas secundárias ao HIV (com consequente pancitopenia periférica), foi iniciado esquema antirretroviral com tenofovir, dolutegravir e lamivudina. Novo hemograma, realizado dez dias após o esquema antirretroviral, mostrou melhora significativa das citopenias, com hemoglobina 7,3 g/dL, leucometria de 1560/mm3 (neutrófilos 73%) e contagem de plaquetas de 70.000/mm3. Nesta ocasião, o paciente, já assintomático, recebeu alta hospitalar para acompanhamento ambulatorial.
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