Objetivos: Reunir evidências científicas sobre as reações transfusionais, tanto agudas como tardias. Fornecer informações para a compreensão e o domínio do assunto para profissionais de saúde. Metodologia: O presente estudo é de caráter de revisão integrativa relacionada às reações transfusionais de cunho agudo e tardio. Realizou-se um levantamento bibliográfico entre 10 e 12 de agosto de 2020 por meio das bases de dados Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), Scientific Eletronic Library online (SciELO) e Pubmed. Para viabilizar a pesquisa, foram usados os descritores: “Delayed blood transfusion reactions”e “Immediate blood transfusion reactions”. Resultados: As reações transfusionais são situações emergenciais na prática médica e têm relevante participação nos quadros hematológicos, com prevalência de 3,8% em pacientes transfundidos. São definidas como sendo a presença de sinais ou sintomas antes de 24h (agudas) ou 24h após a transfusão (tardia). Diversas são as possíveis manifestações clínicas, destacando-se a febre, os calafrios e urticária, que, geralmente, não necessitam de tratamento específico. Outras possíveis reações são hemoglobinúria (indicando reação hemolítica aguda), hematúria (correspondendo a um sangramento no trato urinário inferior), dispneia e até perda de consciência. Discussão: A principal necessidade para todos os serviços de saúde é ter profissionais capacitados que consigam identificar e lidar com as situações de reações transfusionais de acordo com os protocolos estabelecidos. O diagnóstico precoce e preciso é essencial para que o manejo seja realizado de forma efetiva. As reações transfusionais tem sinais e sintomas que as diferenciam e auxiliam o profissional no diagnóstico. Os principais sintomas são rigidez, febre, calafrios, tontura, dispneia, urticária, prurido e dor nos flancos. Na presença de qualquer um dos sintomas (exceto urticária e prurido localizado), deve-se parar a transfusão imediatamente e realizar um acesso IV com introdução de solução salina normal e o sangue coletado deve ser enviado para a análise. A transfusão para tratamento de pacientes que a necessitam frequentemente, o tipo de reação transfusional mais comum é a não-hemolítica febril (que também é que mais acomete mulheres multíparas). É um caso grave e acontece devido à interação de anticorpos Igm e IgG (principalmente 1 e 3) com um antígeno presente na membrana do eritrócito, o que desencadeia uma resposta neuroendócrina, ativação do sistema complemento, efeitos sobre a coagulação e a liberação de citocinas. Os sintomas são os mesmos relatados anteriormente, sendo que o paciente pode desenvolver insuficiência renal como uma complicação tardia. O diagnóstico pode ser feito por achados laboratoriais e pelo teste de Coombs direto. O tratamento é feito com o suporte de soro fisiológico e com paracetamol (sendo administrado também antes de transfusões futuras). Conclusão: É de grande importância ter um conhecimento bem embasado sobre as reações transfusionais e seus tipos. Por ser um tema extenso e com detalhes bastante característicos de cada tipo, o entendimento de cada situação torna-se fundamental para o manejo dessa patologia. Portanto, é sugestivo que os profissionais de saúde revejam os protocolos que abordem esse tema e que se atualizem das medidas necessárias, tanto na prevenção quanto na abordagem das manifestações clínicas e suas complicações.
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