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Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
Vol. 47. Núm. S3.
HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo
(Outubro 2025)
ID - 2758
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EDUCAÇÃO EM SERVIÇO COMO ESTRATÉGIA PARA APRIMORAR A PRÁTICA TRANSFUSIONAL DA ENFERMAGEM: RELATO DE CASO
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L Taba, IM Silva, DSS Alves, ANF Cipolletta, SFA Pereira, APH Yokoyama, JM Kutner
Hospital Israelita Albert Einstein, São Paulo, SP, Brasil
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Vol. 47. Núm S3

HEMO 2025 / III Simpósio Brasileiro de Citometria de Fluxo

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Introdução

A equipe de enfermagem desempenha papel central na segurança transfusional, sendo frequentemente responsável pela instalação e pelo monitoramento dos pacientes durante e após a transfusão. O protocolo assistencial de atendimento transfusional de um hospital terciário contempla a realização de dupla checagem de identificação do paciente X hemocomponente, orientação ao paciente sobre possíveis eventos adversos durante e após a transfusão, monitoramento presencial dos dez minutos iniciais da transfusão, monitoramento da infusão e dos sinais vitais durante e após 24h da transfusão. A adesão aos protocolos institucionais é fundamental para a prevenção de eventos adversos e depende, entre outros fatores, da atualização contínua e da efetividade das estratégias educativas. Este trabalho descreve uma dinâmica educativa para avaliar o conhecimento da equipe de enfermagem e identificar pontos críticos no atendimento transfusional.

Descrição do caso

Foi aplicado um questionário à equipe de enfermagem com o objetivo de avaliar o nível de conhecimento sobre o protocolo transfusional e identificar fatores associados à baixa adesão. Os resultados revelaram que, embora o conhecimento técnico fosse satisfatório, havia necessidade de reformular as estratégias de ensino, tornando-as mais atrativas e eficazes, a fim de estimular a adesão prática ao protocolo. Com o apoio do Grupo de Apoio ao Desenvolvimento de Enfermagem (GADE), foram capacitados 110 multiplicadores, abrangendo todos os setores assistenciais com demanda transfusional. A campanha educativa contou com diversas ações: distribuição de camisetas personalizadas; criação de uma “bolsa de sangue lúdica”, utilizando corante e materiais informativos; cartões ilustrativos com as etapas do processo transfusional e seus respectivos objetivos; chaveiros em formato de bolsa de sangue contendo os principais pontos do protocolo. Ao final da campanha, que teve duração de um mês, foi realizada uma intervenção visual no corredor do refeitório, reforçando a mensagem educativa. Além disso, os profissionais das unidades com melhor desempenho em conformidade foram reconhecidos com uma gratificação entregue com a presença da diretoria.

Resultado

As ações implementadas resultaram em maior engajamento da equipe de enfermagem e estimularam o surgimento de iniciativas locais voltadas à segurança transfusional. Em uma das unidades, foi criado o crachá de identificação “Guardião da Transfusão”, destinado ao profissional responsável pelo acompanhamento do paciente durante a infusão, como forma de reforçar a importância do monitoramento contínuo ao longo do procedimento.

Discussão e conclusão

O presente relato evidencia que estratégias de educação em serviço, com abordagem lúdica, visual e participativa, são eficazes para fortalecer a adesão aos protocolos assistenciais, promovendo a segurança transfusional e valorizando o papel da enfermagem no processo. A formação de multiplicadores e o estímulo à criatividade local foram pontos-chave para a sustentabilidade da prática. A participação ativa das lideranças e o reconhecimento institucional também se mostraram determinantes para o sucesso das ações.

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Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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