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Vol. 44. Núm. S2.
Páginas S398-S399 (Outubro 2022)
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DOAÇÕES DE SANGUE NO HEMOCENTRO REGIONAL DE SANTA MARIA: A INFLUÊNCIA DA PANDEMIA DA COVID-19 NA CAPTAÇÃO DE DOADORES ESTÁ ACABANDO?
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AG Vilanovaa,b, JVP Gonçalvesb,c, LC Souzab,c, FZ Limaa, ISO Tiodaa, ABD Santosb, PG Schimitesa,b
a Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), Santa Maria, RS, Brasil
b Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM), Santa Maria, RS, Brasil
c Universidade Franciscana (UFN), Santa Maria, RS, Brasil
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Vol. 44. Núm S2
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Objetivos

Investigar a variação do número de doações realizadas no Hemocentro Regional de Santa Maria (HEMOSM), após o início da pandemia da COVID-19, para analisar se a influência da pandemia na captação de doadores vem diminuindo.

Material e métodos

Este é um estudo observacional retrospectivo baseado na coleta de dados do HEMOSM através de consulta no Sistema Nacional de Gerenciamento em Serviços de Hemoterapia (HEMOVIDA). Os dados foram coletados a partir de janeiro de 2020 até julho de 2022 e examinados por trimestre.

Resultados

O 1°trimestre de 2020 apresentou aproximadamente 2000 doações, tendo sido o pior período de doações analisado neste estudo. Do 2°ao 4°trimestre de 2020, a média subiu para aproximadamente 2450 doações. O 1°trimestre de 2021 apresentou uma queda em comparação com os últimos 3 trimestres. A partir do 2°trimestre de 2021, a média de doações subiu, tendo ultrapassado 2500 doações em 3 dos semestres.

Discussão

Uma das implicações do isolamento social adotado durante a pandemia foi a queda no número de doações de sangue em hemocentros, assim como esperado pelo Ministério da Saúde. O menor número de doações se deu justamente no início do isolamento social (1°trimestre de 2020), em torno de 2000 doações. Após este período, com a extrema necessidade de manutenção dos estoques de sangue e hemoderivados, além do aumento da demanda do HEMOSM, a captação conseguiu aumentar para cerca de 2450 doações no 2°, 3°e 4°trimestres de 2020. Isso se deve especialmente a pronta adoção de medidas de segurança pelo HEMOSM, no recebimento e atendimento dos doadores, o que permitiu que o hemocentro atendesse à demanda dos serviços de saúde da região, mantendo a segurança dos doadores. Com a segunda onda e o surgimento da variante P.1 da COVID-19, novamente houve uma queda nas doações (1°trimestre de 2021), mas que foi sucedida da chegada das vacinas contra a COVID, cenário que permitiu a retomada das ações de captação resultando no aumento das doações. Assim, inclusive pela flexibilização das normas de segurança, os trimestres que se seguiram apresentaram melhor desempenho na captação de doadores, que chegou a ultrapassar 2500 doações no 2°e 4°trimestres de 2021 e no 2°trimestre de 2022.

Conclusão

Apesar da queda nas doações e da diminuição dos estoques de hemocomponentes, o HEMOSM conseguiu atender aos serviços de saúde da região. Cabe salientar que do total de doações não se considerou as perdas por sorologia reagente (cerca de 2%), mas apenas os doadores que procuraram o serviço e que realizaram a doação de sangue ou plaqueta por aférese. A pandemia influenciou na queda das doações, mas as medidas de segurança e estratégias de captação, juntamente com o surgimento das vacinas, foram capazes de fazer com que o HEMOSM aumentasse a média das doações realizadas. Ainda, com o objetivo de continuar captando mais doações no HEMOSM, outras estratégias estão sendo implementadas, como o retorno de coletas externas (em municípios próximos) e o aumento do número de dias da semana em que o hemocentro estará aberto para a realização de doações.

O texto completo está disponível em PDF
Idiomas
Hematology, Transfusion and Cell Therapy
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